A quarta via de Santo Tomás de Aquino e a existência do inferno

Autores

  • Luciano da Costa Pires Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.55702/medievalis.v9i2.44323

Resumo

Principal nome da Escolástica — escola filosófico-teológica marcada pelo esforço de conciliação entre a Revelação Cristã e a Filosofia Natural aristotélica na Idade Média —, S. Tomás de Aquino (1225-1274) foi autor de trabalhos volumosos como a Suma Contra os Gentios e a Suma Teológica, além de vários comentários às Sagradas Escrituras e às obras de Aristóteles (entre outros). Devotou sua vida intelectual a servir a Teologia Sagrada com a Filosofia, ordenando o uso da razão natural à elucidação das verdades reveladas da fé. Canonizado em 1323 e proclamado Doutor da Igreja em 1568, seu trabalho foi fundamental para a história da Igreja Católica, conforme o atestam a centralidade de sua doutrina no Concílio de Trento (1545-1563) e a reafirmação de sua oficialidade pelo Papa Leão XIII. Em sua obra encontram-se as célebres cinco vias de demonstração da existência de Deus, dentre as quais o presente artigo pretende valer-se da quarta via (“dos graus de perfeição”) para, por suas implicações quanto à virtude da Justiça, tecer considerações sobre a necessidade lógica do Inferno — destino final das almas eternamente condenadas, segundo o pensamento medieval e a doutrina tradicional cristã, ainda professada nos dias de hoje.



Biografia do Autor

Luciano da Costa Pires, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

Licenciatura em Física pela UFRJ, professor da disciplina há 25 anos (Educação Básica), especialização em Tradução Inglês-Português pela Universidade Estácio de Sá, mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

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Publicado

2021-04-16

Edição

Seção

Artigos