De José Lins do Rego a Carlos de Oliveira: fogo, sombras e ruínas em romances de decadência e crise
Resumo
Partindo da já assinalada relação do Neorrealismo literário português com o grupo nordestino brasileiro dos anos 30, este artigo pretende ser uma análise comparativa de romances brasileiros e portugueses que apresentaram em sua diegese uma atmosfera de mudanças sociais que geraram a decadência e o declínio de certas estruturas de poder. Deseja-se uma leitura de Fogo Morto, romance do paraibano José Lins do Rego, e de Casa na Duna, do português Carlos de Oliveira, ambos publicados pela primeira vez em 1943, procurando explorar imagens e estratégias de narração que ali encenam o desajuste do homem com a realidade em um tempo de transição econômica e social. Ressalta-se aqui, mais uma vez, o cuidadoso investimento dos autores no exercício eminentemente estético de uma ética compromissada com o humano.
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PDFReferências
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DOI: https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2019.v16n1a27985
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