Rosto/Rasto: Fiama Hasse Pais Brandão e Carlos de Oliveira
DOI:
https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2021.v18n2a46061Palavras-chave:
Carlos de Oliveira, Fiama Hasse Pais Brandão, Relações IntertextuaisResumo
O presente artigo busca estabelecer uma leitura comparativa dos poemas “Rasto”, de Carlos de Oliveira, e “(Este) rosto”, de Fiama Hasse Pais Brandão, publicados respectivamente em Micropaisagem (1969) e (Este) rosto (1970). A obra de Carlos de Oliveira reverbera em muitos poetas que o seguiram, trazendo questões fundamentais que não cessaram de se desenvolver no tecido poético português da segunda metade do século XX. A partir de uma releitura do poema, Fiama refaz a cena e os versos compostos por Carlos de Oliveira, transformando o “rasto” em “rosto”, estruturando em seu poema um modo de percepção da realidade que avança para o futuro a partir de um atento olhar para os rastros deixados pelo passado. Em termos metodológicos, partiremos de uma investigação interpretativa e crítica dos dois poemas, observando em que grau se aproximam e se distanciam, buscando nos dois textos poéticos os meios de os comparar.
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