A expressão literária de um sentido ético da existência no último romance de José Saramago

Autores

  • Bianca Rosina Mattia

DOI:

https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2021.v17n2a47290

Resumo

Ao priorizar o ser humano, José Saramago empreendeu em sua literatura, não dissociada da vida de cidadão, a expressão de uma humanidade ainda em construção. No desassossego em que dizia viver diante da degradante condição humana no mundo, transferiu aos seus leitores sua inquietação por meio das tantas histórias e personagens que criou. Recusando-se à apatia e à indiferença, mostrou-se incansável nas intervenções públicas e na criação ficcional. Manifestou sua preocupação com a perda de um sentido ético da existência e afirmou a necessidade de exprimi-lo em sua literatura. Neste trabalho, busco apresentar algumas reflexões acerca da experiência de vida da personagem de artur paz semedo, no romance Alabardas, alabardas, espingardas, espingardas, a partir do conceito de banalidade do mal e das discussões que dele decorrem, especialmente o estudo de Frédéric Gros sobre a desobediência. A necessidade do pensamento reflexivo como fuga à banalidade do mal mostra-se imperativo para um sentido ético da vida e também emerge do romance para provocar e alertar os/as leitores/as à ética da responsabilidade

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Publicado

2022-01-04