Pessoa ou o eu como ficção

Autores

  • Eduardo Lourenço

DOI:

https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2015.v13n1a5075

Resumo

Do eu como instância fictícia, Pessoa compôs para si próprio uma ópera. Nascia assim um dos mitos literários mais perturbadores do nosso século, o mito do poeta sem nome próprio, criador de outros poetas em nome da única ficção que os torna possíveis: a do eu como ficção. A ópera poética de Pessoa se representa a portas fechadas entre seu eu-ficção e as ficções destinadas a lhe dar a ilusão da sua realidade. Para ele não é apenas a verdadeira vida que está ausente. Toda vida é Ausência.

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Publicado

2015-06-10