Jogo e arranjo intertextual em O Ídolo de Pedro Varela e Fernando Pessoa
Marcelo Cordeiro de Mello
Resumo
O entendimento que o público e a crítica fazem da obra de Fernando Pessoa vem sendo reconfigurado a partir das sucessivas redescobertas de aspectos desconhecidos de sua obra. Uma das mais recentes descobertas no espólio pessoano diz respeito aos seus textos cinematográficos, publicados de forma sistematizada em 2011. A proposta do presente artigo é examinar o curta-metragem O ídolo, lançado em 2021, dirigido por Pedro Varela e adaptado de um argumento fílmico de Fernando Pessoa. A partir do conceito de jogo proposto pelo historiador Johan Huizinga, em Homo Ludens (1938), e explorando a polissemia da palavra “jogo”, debruçamo-nos sobre a forma como O ídolo trata o tema do jogo e, ao mesmo tempo, explora, do ponto de vista formal, a ideia de uma interação lúdica com o espectador. Em seguida, é discutida a questão do jogo intertextual que o argumento pessoano e O ídolo estabelecem com filmes da história do cinema e, especialmente, com os outros textos do próprio Pessoa para o cinema.
DOI:
https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2021.v1n18a51006
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