Jogo e arranjo intertextual em O Ídolo de Pedro Varela e Fernando Pessoa

Autores

  • Marcelo Cordeiro de Mello

DOI:

https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2021.v1n18a51006

Resumo

O entendimento que o público e a crítica fazem da obra de Fernando Pessoa vem sendo reconfigurado a partir das sucessivas redescobertas de aspectos desconhecidos de sua obra. Uma das mais recentes descobertas no espólio pessoano diz respeito aos seus textos cinematográficos, publicados de forma sistematizada em 2011. A proposta do presente artigo é examinar o curta-metragem O ídolo, lançado em 2021, dirigido por Pedro Varela e adaptado de um argumento fílmico de Fernando Pessoa. A partir do conceito de jogo proposto pelo historiador Johan Huizinga, em Homo Ludens (1938), e explorando a polissemia da palavra “jogo”, debruçamo-nos sobre a forma como O ídolo trata o tema do jogo e, ao mesmo tempo, explora, do ponto de vista formal, a ideia de uma interação lúdica com o espectador. Em seguida, é discutida a questão do jogo intertextual que o argumento pessoano e O ídolo estabelecem com filmes da história do cinema e, especialmente, com os outros textos do próprio Pessoa para o cinema.

Biografia do Autor

Marcelo Cordeiro de Mello

Marcelo Cordeiro de Mello é Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (2019). Mestre em Literatura Portuguesa pela Universidade Paris IV, Sorbonne (2011). Graduado pela Universidade de Brasília: Bacharel em Letras Português (2007) e Licenciado em Francês (2013). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua e Literatura. Lecionou Língua portuguesa e respectiva literatura na Faculdade Evangélica de Brasília e no Liceu Francês de Brasília (2012-2014). Atuou como Assistente de Língua Portuguesa da Academia de Bordeaux, França (2010-2011). Foi Leitor de Língua Portuguesa da Universidade de Bourgogne, França (2008-2010).

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Publicado

2022-03-31