Barranco de Cegos e a desmontagem do universo simbólico salazarista

Autores

  • Francisco Ferreira de Lima

DOI:

https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2011.v11n2a57644

Resumo

Barranco de Cegos, penúltimo romance de Alves Redol, configura um retorno às origens ficcionais do autor: trata-se de uma revisitação ao seu Ribatejo, já por ele explorado em Gaibéus, o «documentário humano» que deu partida ao neorrealismo em Portugal.Tendo se dedicado, naquele romance, a analisar os aspectos visíveis da exploração dos camponeses, Redol empreende neste uma desmontagem do universo simbólico que sustenta um modelo de mundo baseado no princípio da «paz rural», tão a gosto de Salazar, deslocando a ênfase sobre a realidade para o simbólico que a produz. É o que o artigo procura demonstrar.

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Publicado

2023-03-27