Na tessitura da ficcionalização: Lima Barreto e o tema da loucura

Autores

  • Andreia Aparecida Pantano Doutora/Universidade Estadual Paulista
  • Francisco Professor Associado/Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2024.v21n2a62901

Resumo

Neste artigo pretendemos demonstrar que, embora vivendo no contexto da Belle Époque, o escritor Lima Barreto escolhe um caminho contrário ao que se pregava naquele momento em termos de ciência e conhecimento, quando o Naturalismo ainda estava na ordem do dia e guiava amplamente as produções literárias dos intelectuais da época, de modo que se tentava, pelo viés da literatura, afirmar o poder da Ciência e de seus representantes, como forma também de conceber a modernização brasileira. O escritor traça uma trajetória intelectual contrária à dos naturalistas, como ele mesmo relata, dado o seu caráter extremamente crítico dos acontecimentos e dos caminhos que a intelectualidade brasileira insistia em seguir.

 

Biografia do Autor

Francisco, Professor Associado/Universidade Estadual Paulista

Francisco Cláudio Alves Marques é Professor Associado do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Ciências e Letras Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Assis-SP. Mestre e doutor em Letras pela Universidade de São Paulo, com linha de pesquisa em Literatura Italiana, Literatura Brasileira e Cultura Popular. Pós-doutorado na Università degli Studi di Roma “La Sapienza” (2015). É autor dos livros Um pau com formigas ou o mundo às avessas: a sátira na poesia popular de Leandro Gomes de Barros. São Paulo: Edusp/Fapesp, 2014; Escritos e Ditos: poéticas e arquétipos da literatura de folhetos – Itália/Brasil. São Paulo: FFLCH Humanitas/Fapesp, 2018.

Downloads

Publicado

2025-01-16

Edição

Seção

O legado de Lima Barreto