DESACATO E DEGENERESCÊNCIA NA TRAMA CENTRAL DA ILÍADA: UM ESTUDO SOBRE O SENTIDO POLÍTICO DO SUPERLATIVO EKHTHISTOS
DOI:
https://doi.org/10.26770/phoinix.v25.1.n2Palavras-chave:
Ilíada, realeza, Agamêmnon, ekhthistos.Resumo
As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, “odioso” ou – como prefiro – “execrável”, estão relacionadas com o tema da crise da autoridade real no poema, em particular com Agamêmnon e sua busca de legitimação através das numerosas referências a Zeus em suas falas públicas. Segundo minha interpretação, exprimindo a repulsa pela mortandade na guerra e pela proximidade dos cadáveres ekhthistos é proferido quando um rei exerce a função, característica das culturas indo-europeias, de guardião da vida e provedor da subsistência da comunidade. À frente do exército aqueu, Agamêmnon atua tanto como seu principal comandante quanto como protetor da comunidade, dividindo-se entre a proteção da vida e a promoção da morte.
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