DESACATO E DEGENERESCÊNCIA NA TRAMA CENTRAL DA ILÍADA: UM ESTUDO SOBRE O SENTIDO POLÍTICO DO SUPERLATIVO EKHTHISTOS

Autores

  • Antonio Orlando Dourado-Lopes Professor associado e vinculado ao Programa de Pós-graduação em Estudos Literários (POSLIT) da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais.

DOI:

https://doi.org/10.26770/phoinix.v25.1.n2

Palavras-chave:

Ilíada, realeza, Agamêmnon, ekhthistos.

Resumo

As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, “odioso” ou – como prefiro – “execrável”, estão relacionadas com o tema da crise da autoridade real no poema, em particular com Agamêmnon e sua busca de legitimação através das numerosas referências a Zeus em suas falas públicas. Segundo minha interpretação, exprimindo a repulsa pela mortandade na guerra e pela proximidade dos cadáveres ekhthistos é proferido quando um rei exerce a função, característica das culturas indo-europeias, de guardião da vida e provedor da subsistência da comunidade. À frente do exército aqueu, Agamêmnon atua tanto como seu principal comandante quanto como protetor da comunidade, dividindo-se entre a proteção da vida e a promoção da morte.

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Publicado

2020-02-18

Como Citar

DOURADO-LOPES, Antonio Orlando. DESACATO E DEGENERESCÊNCIA NA TRAMA CENTRAL DA ILÍADA: UM ESTUDO SOBRE O SENTIDO POLÍTICO DO SUPERLATIVO EKHTHISTOS. PHOÎNIX, [S. l.], v. 25, n. 1, p. 38–67, 2020. DOI: 10.26770/phoinix.v25.1.n2. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/32324. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos