FLORES E ARDORES NO IMAGINÁRIO VIRGINAL

Autores

  • Carlinda Fragale Pate Nuñez

Palavras-chave:

Pandora, Hesíodo, iconografia, imaginário corporal, virgem.

Resumo

O trabalho focaliza a representação plástica da mulher, numa perspectiva transhistórica, a partir dos relatos de Hesíodo, na Teogonia e nos Erga, sobre a criação da primeira mulher, Pandora. Na descrição ficcional da criatura, encontra-se uma constelação semiótica do feminino que perseverou no imaginário iconográfico e poético da mulher, por toda a tradição pósclássica.
Tomando-se a virgem e a virgindade como conceitos, chega-se à idéia de
corpo feminino como receptáculo de potências e segredos, saberes impronunciados e valores que a iconologia não cessa de reconhecer e investigar. Destacamse, nesse contexto, signos associados à feminilidade, tais como jarro e flor, perfumes e jardins. O estudo de algumas imagens – objetos cerâmicos da Antiguidade grega, telas famosas e jardins – comprova que a virgem, corpo silenciado, fechado para o sexo, gerencia um discurso que se manteve em aberto para as representações de si e de sua sensibilidade, na literatura e na arte.

Biografia do Autor

Carlinda Fragale Pate Nuñez

Professora Adjunta do Instituto de Letras da UERJ.

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Publicado

2020-07-24

Como Citar

NUÑEZ, Carlinda Fragale Pate. FLORES E ARDORES NO IMAGINÁRIO VIRGINAL. PHOÎNIX, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 83–95, 2020. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/33121. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos