A MEMÓRIA ENQUANTO RECURSO PEDAGÓGICO NO BANQUETE DE PLATÃO
DOI:
https://doi.org/10.26770/phoinix.v29n2a2Palavras-chave:
Banquete, Platão, Memória, Educação, AtenasResumo
O diálogo Banquete, escrito por volta de 384 a.C., está entre as obras mais conhecidas do filósofo Platão e versa a respeito de Eros e do amor homoerótico masculino praticado em Atenas durante o período clássico. O contexto escolhido pelo filósofo para ambientar sua obra foi um jantar ocorrido na casa do poeta Agatão em comemoração à sua vitória em um concurso de tragédias no ano de 416 a.C. O objetivo deste artigo é analisar como Platão utiliza a memória enquanto um recurso pedagógico no Banquete para a exposição de seus valores acerca do relacionamento entre erastés e erómenos. Para isso, realizamos um debate bibliográfico sobre o conceito de memória e, em seguida, nos dedicamos à análise da maneira como Platão converte a memória em um instrumento educativo para expressar seu pensamento aos seus leitores.
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