DE CUMAS AO PALATINO

O DEUS APOLO COMO VETOR DE INTERSECÇÃO TEMPORAL NA ÉCFRASE VIRGILIANA

Autores

  • Thiago Eustáquio Araújo Mota Professor Adjunto de História Antiga da Universidade de Pernambuco (UPE). Coordenador do GEEPA – Grupo de Estudos sobre Épico e Performatividade na Antiguidade. https://orcid.org/0000-0002-8199-9594

DOI:

https://doi.org/10.26770/phoinix.v29n2a5

Palavras-chave:

Eneida, Écfrase, Cumas, Templo de Apolo Palatino, Batalha do Ácio

Resumo

Composta entre 29 e 19 a.C. por Publio Virgílio Maro, a Eneida é um valioso testemunho literário sobre as intervenções urbanísticas, operadas por Otávio, em Roma e sobre as novas configurações atribuídas ao culto apolíneo. Apesar de o tempo da ação, na epopeia, estar ancorado no passado heroico, pré-fundacional romano, inúmeras sendas temporais se abrem na narrativa, permitindo aos ouvintes/leitores discernir acontecimentos do passado recente. O presente artigo tem por objetivo analisar as desciptiones poéticas dos santuários de Apolo (Cumas e Palatino), respectivamente situados nos Livros VI e VIII da Eneida, compreendidas como importantes liames de intersecção temporal entre o passado heroico e o tempo do poeta. Busca-se compreender como a écfrase poética dos monumentos, atrelada à narrativa heroica, contribui para a perpetuação da memória triunfal do Ácio e a ideia de destino manifesto.

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Publicado

2023-11-27

Como Citar

EUSTÁQUIO ARAÚJO MOTA, Thiago. DE CUMAS AO PALATINO: O DEUS APOLO COMO VETOR DE INTERSECÇÃO TEMPORAL NA ÉCFRASE VIRGILIANA. PHOÎNIX, [S. l.], v. 29, n. 2, p. 88–106, 2023. DOI: 10.26770/phoinix.v29n2a5. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/62066. Acesso em: 22 dez. 2024.