Tensões políticas entre o imperador Constâncio II e o Juliano César
rebelião, golpe e usurpação.
Palavras-chave:
Antiguidade Tardia, Constâncio II, Juliano César, Tensões políticas, UsurpaçãoResumo
O período de Juliano como César (355-361 EC) de Constâncio II foi uma época tão conturbada quanto o seu tempo de Imperador (361-363 EC). Como já sabemos, a historiografia contemporânea sobre Juliano é muito vasta, principalmente, no que diz respeito à análise de seus discursos enquanto Augusto. A documentação textual acerca da usurpação de Juliano também é abundante, porém, nos últimos dez anos, pouco se avançou em termos da análise da sua usurpação contra Constâncio II. Partimos do princípio de que, para dar continuidade a essa historiografia e obter novos resultados de pesquisa, é necessário vincular as informações do planejamento do golpe de Juliano contra Constâncio II, contidas nas entrelinhas dos discursos de Juliano enquanto César e, igualmente conectarmos tais informações com aquelas de outras documentações textuais e com a análise iconográfica das moedas emitidas entre 360-361 EC. É comum encontrarmos notícias sobre a usurpação, mas não a respeito do planejamento do golpe. Temos como hipótese que, se investigarmos a preparação da usurpação, a usurpação em si e a vinculação dos dados da documentação textual e interpretação iconográfica dos numerários como Coimperador e Autoimperador, chegaremos a novos resultados sobre o fenômeno da usurpação.
Downloads
Referências
Documentação escrita
AMIANO MARCELINO. Histoires. Texte établi et traduit par Émile Galletier et Jean Fontaine. Tome III. Paris: Les Belles Lettres, 1968.
AURÉLIO VICTOR. Histoire des Césars. Texte établi et traduit par Pierre Dufraigne. Paris: Les Belles Lettres, 1975.
EUTRÓPIO. Abrégé d’histoire romaine. Texte établi et traduit par Joseph Hellegouarc’h. Paris: Les Belles Lettres, 1999.
EUSÉBIO DE CESAREIA. Vida de Constantino. Tradução de Paula Barata Dias. Lisboa: Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, 2012.
GREGÓRIO DE NAZIANZO. Discours. Texte établi et traduit par Jean Bernardi. Tome I. Paris: Les Belles Lettres, 1978.
HILÁRIO DE POITIERS. Contre Constance. Traduction, introduction et notes de André Rocher. Paris: Cerf, 2013.
JULIANO. Obras. Tomo I. Tradução de José García Blanco. Madrid: Gredos, 2009.
LIBÂNIO. Discours. Texte établi et traduit par Bernard Schouler. Tome I. Paris: Les Belles Lettres, 2003.
LIBÂNIO. Lettres. Tome I. Texte établi et traduit par Bernard Schouler. Paris: Les Belles Lettres, 2000.
MAMERTINO. Discours de remerciement à l’empereur Julien. Texte établi et traduit par André Chastagnol. Paris: Les Belles Lettres, 1987.
SINESIO. Correspondance. Tome I. Texte établi et traduit par Denis Roques. Paris: Les Belles Lettres, 2000.
ZÓZIMO. Histoire nouvelle. Texte établi et traduit par François Paschoud. Tome II. Paris: Les Belles Lettres, 1979.
Referências bibliográficas
ARCE, Javier. El último siglo de la España romana: 284-409. Madrid: Alianza Editorial, 1982.
____. El Imperio Romano. In: ARCE, Javier; ALCINA, Fructuoso (eds.). Historia de España Antigua. v. 2. Madrid: Cátedra, 1987, p. 177-209.
____. Estudios sobre el Bajo Imperio romano: (S. IV). Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Cientificas, 1984, p. 1-259.
ATHANASSIADI, Polymnia Fowden. Julian and Hellenism, an intellectual biography. Oxford: Clarendon Press, 1981, p. 01-245.
BENEDETTI, Pedro. As relações entre as populações provinciais romanas e os bárbaros nas Gálias dos séculos IV e V (c. 350-475 d.C.). Tese (Doutorado em História), Programa de Pós-graduação em História – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023.
BIDEZ, Joseph. La Vie de L’Empereur Julien. Paris: Les Belles Lettres, 1955.
BLECKMANN, Bruno. From Caesar to Augustus: Julian against Constantius. In: REBENICH, Stefan; WIENE, Hans-Ulrich. A Companions to Julian The Apostate. v. 5. Boston: Brill’s Companions to The Bylantine World, 2020, p. 97-123.
BOWERSOCK, Glen Warren. Julian the apostate. Cambridge: Harvard University Press, 1978, p. 01-152.
CARLAN, Claudio Umpierre; FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Moedas: A Numismática e o estudo da História. São Paulo: Editora Annablume, 2012, p. 01-100.
DEPEYROT, Georges. Les trouvailles monétaires d’Arles (1976-1980). Revue archéologique de Narbonnaise, tome 16, 1983, p. 247-284.
ELM, Susanna. Sons of Hellenism, Fathers of the Church: Emperor Julian, Gregory of Nazianzus, and the Vision of Rome. Berkeley; Los Angeles; London: University of California Press, 2012.
FLORENZANO, Maria Beatriz Borba. Fontes sobre a origem da moeda: apresentação crítica. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, v. 11, n. 1, p. 201-211, 2001.
____. Faces da Moeda. São Paulo: Olhares, 2004.
GABBARDO, Gabriel. The Construction(s) of the Public Image of the Emperor Julian. Thesis (Doctor of Philosophy) – University of St Andrews, 2022.
GARCÍA RUIZ, María Pilar. Juliano y el Consulado: política y representación. Revista de Lingüística y Filología Clásica, v. 89, n. 2, p. 335-360, 2021.
GILLIARD, Frank D. Notes on the Coinage of Julian the Apostate. v. 54. New York: The Journal of Roman Studies, 1964, p. 135-141. (Parts 1 and 2)
GRAČANIN, Hrvoje; BILOGRIVIĆ, Goran. Siscia in late antiquity and the early Middle Ages: fate of a post-Roman town in Southern Pannonia. Acta Archaeologica Carpathica, v. 51, p. 103-143, 2016.
GRIERSON, Philip. Numismáticas. London: Oxford University Press, 1975.
GUIDETTI, Fabio. I ritratti dell’imperatore Giuliano. In: MARCONE, Arnaldo (eds.). L’imperatore Giuliano Realtà storica e rappresentazione. Milano: Mondadori Education S.p.A., 2015, p. 12-49.
HEATHER, Peter John. The Gallic Wars of Julian Caesar. In: REBENICH, Stefan; WIENE, Hans-Ulrich. A Companions to Julian The Apostate. v. 5. Boston: Brill’s Companions to The Bylantine World, 2020, p. 64-96.
JAGUSIAK, Krzysztof. From Student to Soldier. The Metamorphosis of Julian the Apostate um the Winter of 355/356 AD. In: Standards of Everyday Life in the Middle Ages and in Modern Times. Faber Publishers, Veliko Tarnovo, 2014, p. 639-648.
KENT, John Philip Cozens. An introduction to the coinage of Julian the Apostate (A.D. 360-3). The Numismatic Chronicle and Journal of the Royal Numismatic Society, 6th ser., v. 19, p. 651-670, 1959.
L’ORANGE, Hans Peter. Art forms and civic life in the late Roman empire. New York: Princeton University Press, 1973, p. 1-154.
MACMULLEN, Ramsay. Corruption and the decline of Rome. New Haven: Yale University Press, 1988, p. 1-210.
MARCONE, Arnaldo (eds.). L’imperatore Giuliano Realtà storica e rappresentazione. Milano: Mondadori Education S.p.A., 2015.
NEMETH, Geza. “Aperta Per Atomos”: Usurpation, Civil War and Crypto-Pagans in the Imperial Court in 361-362. In: “Hunc videre licet”: The Emperor Julian and the Late Antique culture. Debrecen: Ókor, 2022, p. 59-70.
POHLMANN, Janira Feliciano. Virtudes e vícios nas representações imagéticas e escritas no Principado de Nero (54-68 d.C). Dissertação (Mestrado em História), Programa de Pós-Graduação em História – Universidade Federal de São Paulo, Guarulhos, 2017.
REBENICH, Stefan; WIENE, Hans-Ulrich. A Companions to Julian The Apostate. v. 5. Boston: Brill’s Companions to The Bylantine World, 2020.
ROYO-MARTINÉZ, Mar. La moneda del imperador Juliano. Salamanca: Universidad de Salamanca, 2009, p. 1-354.
SCHEERS, S. La monnaie de l’empereur Julien. Numismatica Lovaniensia, v. 20, p. 1-300, 1971.
SZIDAT, Joachim. Usurpator tanti nominis: Kaiser und Usurpator in der Spätantike (337-476 n. Chr.). Stuttgart: Franz Steiner Verlag, 1997, p. 1-253.
TOUGHER, Shaun. Julian the apostate. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2007, p. 1-200.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Ao encaminhar textos à Revista Phoînix, o autor estará cedendo integralmente seus direitos patrimoniais da obra à publicação, permanecendo detentor de seus direitos morais (autoria e identificação na obra), conforme estabelece a legislação específica.
O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação.
Os textos são de responsabilidade de seus autores. Citações e transcrições são permitidas mediante menção às fontes.
O uso dos textos publicados em nossa revista poderão ser distribuídos por outros meios, desde de que atribuídos devidamente à autoria e publicação. A revista está vinculada à licença CCBY-NC (atribuição não-comercial, conforme o Creative Commons).
Dados de financiamento
-
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Números do Financiamento CNPq (Bolsista de Produtividade em Pesquisa — categoria C)




























