Contrato Psicológico em Empresas de Alta Performance: A Dor e a Delícia de ser um Trabalhador Contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v9i2.13319Abstract
Mudanças mais amplas na estrutura produtiva capitalista delinearam um cenário marcado pela competição acirrada entre as empresas, que vem demandando uma mão de obra cada vez mais comprometida e disposta a dedicar grande parte de seu tempo às organizações (GREEN, 2001). Esta dedicação intensa do trabalhador envolve aspectos que vão desde o aumento das horas de trabalho, passando pela forma de pensar na organização, vista como uma extensão da própria vida, até a opção pelo trabalho, em detrimento da vida pessoal. É nesse contexto que as organizações de trabalho tradicionais vêm cedendo lugar às organizações caracterizadas por utilizarem os sistemas de trabalho de alta performance. Estes sistemas propiciam aos trabalhadores maior autonomia e controle sobre os seus processos de trabalho, o que lhes conferem maiores responsabilidades para resolver problemas técnicos e operacionais (APPELBAUM, 2002). Apesar de existirem muitos estudos recentes que abordam essa nova dinâmica de trabalho (HUGHES, 2008; WOOD e MENEZES, 2011) estes, em sua maioria, tendem a se concentrar na explicação das características dos sistemas de trabalho de alta performance. Todavia, são poucos os estudos que se dedicam a melhor compreender as motivações que levam os indivíduos a trabalhar em ritmo intensificado e por longas horas, de forma aparentemente voluntária. A constatação da adoção crescente dos sistemas de trabalho de alta performance, no contexto atual das relações de trabalho, bem como da atratividade que as organizações que os adotam exercem sobre um grupo expressivo de trabalhadores, motivou a realização desta pesquisa, que objetivou conhecer os termos dos contratos psicológicos que se estabelecem entre profissionais e organizações de alta performance.Downloads
Published
2015-01-22
Issue
Section
Artigos
License
COPYRIGHT: The author retains, without restrictions, the rights to his work.
REUSE RIGHTS: The SCG Journal adopts the Creative Commons License, CC BY-NC, non-commercial attribution according to the Open Access Policy to knowledge adopted by the UFRJ Journal Portal. With this license it is allowed to access, download, copy, print, share, reuse, and distribute the articles, as long as it is for non-commercial use and with the citation of the source, giving due credit of authorship and mentioning the SCG Journal. In such cases, no permission is required from the authors or publishers.
AUTHORS' DEPOSIT RIGHTS/SELF ARCHIVING: Authors are encouraged to archive the published version with the link to their article in the SCG Journal in institutional repositories.