Latência e servidão voluntária: A oposição radical entre Espinosa e La Boétie
Resumo
É possível identificar a hipótese da servidão voluntária no pensamento de Espinosa? A despeito do vocabulário espinosano da “inversão” do conatus, da luta pela servidão como se fosse pela liberdade, este artigo pretende demonstrar que é impossível reconhecermos tal hipótese na letra espinosana se mantido o rigor com que ela é proposta por La Boétie e o rigor com que Espinosa define o esforço de conservação individual, como sendo estritamente positivo. A exposição da oposição radical entre os termos da hipótese laboétiana e da filosofia, da antropologia e da política espinosana passará pelo reconhecimento de que as “causas exteriores latentes”, ao contrário de afirmarem uma contradição interna, um ímpeto acrático, um desejo suicida, somente reafirmam aquilo que pertence à definição da servidão e sempre nos remetem a exterioridades.
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