O bosque na Literatura latina: respeito ou violações ao sagrado
DOI:
https://doi.org/10.25187/codex.v11i1.54924Palavras-chave:
religião romana, bosque, escrúpulos, deuses, violaçãoResumo
Neste artigo, reunimos alguns trechos de diferentes autores latinos, de Catão, o Velho, até Lucano, poeta da Farsália. Nosso objetivo, a partir desses testemunhos, é comentar como, quase sempre, os romanos antigos tiveram como sagrados alguns tipos de espaços naturais. Nessa categoria se enquadram os bosques, muitas vezes venerados ou temidos como moradas de deuses ou deusas cujo poder poderia agir em benefício ou prejuízo dos seres humanos. A crença em tal tipo de interação entre o divino e a Natureza levou os representantes desse povo, muitas vezes, a venerar e ter escrúpulos diante dos espaços silvestres. Um representante típico dessa postura de respeito é Catão, que em sua obra Da agricultura recomenda, em vários capítulos, fazer preces, sacrifícios de expiação etc. antes do corte da madeira dos bosques. Mas há, ainda, em trechos pontuais das obras de Virgílio e da Farsália, exemplos de indivíduos (como o agricola virgiliano e Caio Júlio César) a agredirem os bosques, com consequências ruins.
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