As leis Augustanas e o amor Ovidiano: um jogo de adesões e confrontos

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.25187/codex.v6i1.15695

Mots-clés :

Augusto, Ovídio, Leis Júlias, adesões, confronto

Résumé

Neste artigo, analisamos as relações de amor e de  poder protagonizadas pelas mulheres representadas pelo poeta Públio Ovídio Naso na Vrbs de Augusto. Para tanto, tomamos como fonte a obra Ars amatoria, escrita por esse autor entre os anos I a.C. e I d.C. Nosso objetivo foi compreender as adesões e os confrontos realizados pelo poeta diante das Leis Júlias impostas pelo imperador. Consideramos que Ovídio não confrontou, de modo público e explícito, o poder do soberano e seu programa de Reforma Moral, mas propôs, ao mesmo tempo, conselhos que estimulavam comportamentos conflitantes com a reformulação dos costumes sociais. 

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Ana Lucia Santos Coelho, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Doutoranda em História na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), sob orientação do Prof. Dr. Fabio Faversani. É pesquisadora integrante do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano (LEIR-UFOP). Atualmente desenvolve o projeto de pesquisa intitulado: "Os elogios e críticas a Nero e seu Principado (Séc. I-IV d.C.). E-mail para contato: ana.scoelho@hotmail.com

Références

AUGUSTUS. Res Gestae Divi Augusti. Translated by P. A. Brunt and J. M. Moore. Oxford: Oxford University Press, 1967.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

CASSIUS DIO. The Roman history. Vol. 5-6. Trans. by Ernest Cary. Cambridge: The Loeb Classical Library, 1927.

CHARTIER, R. Escutar os mortos com os olhos. In: Estudos avançados. São Paulo, v. 24, n. 69, p. 7-30, 2010.

______. Inscrever e apagar: cultura, escrita e literatura. São Paulo: Ed. UNESP, 2007.

EDWARDS, C. The politics of immorality in Ancient Rome. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.

FUNARI, P. P. A. A vida cotidiana na Roma Antiga. São Paulo: Annablume, 2003.

GRIMAL, P. O amor em Roma. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

HABINEK, T. Ovid and empire. In: HARDIE, P. (Ed.). The Cambridge companion to Ovid. Cambridge: Cambridge University Press, 2006, p. 46-61.

JUSTINIAN. Digesta. Disponível em: <http://www.thelatinlibrary.com/justinian.html>. Acesso em: 12 jan. 2018.

______. The Digest of Justinian. Vol. 1. Trans. by Alan Watson. Pennsylvania: University of Pennsylvania Press, 1985.

KNOX, P. E. A poet's life. In: ______. (Ed.). A companion to Ovid. Malden: Wiley- Blackwell, 2009, p. 3-7.

LIZALDE, E. M. de. Lex Iulia de adulteriis coercendis del emperador Cesar Augusto (y otros delitos sexuales asociados). In: Anuario Mexicano de Historia del Derecho, 2005, vol. XVII. Disponível em: <http://www.juridicas.unam.mx/publica/rev/hisder/cont/17/dr/dr12.html>. Acesso em: 12 jan. 2018.

MCGINN, T. A. J. Prostitution, sexuality, and law in Ancient Rome. Oxford: Oxford University Press, 2002.

MENDES, N. M. O sistema político do Principado. In: SILVA, G. V.; MENDES, N. M. (Orgs.). Repensando o Império Romano: perspectiva socioeconômica, política e cultural. Vitória: EDUFES, 2006, p. 21-51.

OLIVEIRA, F. de. Sociedade e cultura na época augustana. In: PIMENTEL, M. C. de S.; RODRIGUES, N. S. (Coords.). Sociedade, poder e cultura no tempo de Ovídio. Coimbra: Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, 2010, p. 11-36.

OVID. Tristia, ex Ponto. Cambridge: Harvard University Press, 1988.

OVÍDIO. Arte de amar. Trad. de Antônio Feliciano de Castilho. Rio de Janeiro: Eduardo e Henrique Laemmert, 1862.

______. Arte de amar. Trad. de Natália Correia e David M. Ferreira. 2ª ed. São Paulo: Ars Poetica, 1992.

SILVA, G. J. Aspectos de cultura e gênero na “Arte de Amar” de Ovídio e no “Satyricon” de Petrônio: representações e relações. 2001. Dissertação (Mestrado em História) -- Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2001.

SILVA, G. V. As mulheres e os perigos da cidade: casamento espiritual, virgindade e prostituição segundo João Crisóstomo. In: LEITE, L. R. et alii (Orgs.). Gênero, religião e poder na Antiguidade. Vitória: GM, 2012, p. 31-49.

TARRANT, R. Ovid and Ancient literary history. In: HARDIE, P. (Ed.). The Cambridge companion to Ovid. Cambridge: Cambridge University Press, 2006, p. 13-33.

TELLEGEN-COUPERUS, O. A short history of Roman law. London: Routledge, 1993.

ZANKER, P. The power of images in the age of Augustus. Ann Arbor: The University of Michigan Press, 1988.

WHITE, P. Ovid and the Augustan milieu. In: BOYD, B. W. (Ed.). Brill's companion to Ovid. Leiden: Brill, 2002, p. 1-25.

Téléchargements

Publiée

2018-06-30

Comment citer

Coelho, A. L. S. (2018). As leis Augustanas e o amor Ovidiano: um jogo de adesões e confrontos. CODEX - Revista De Estudos Clássicos, 6(1), 16–31. https://doi.org/10.25187/codex.v6i1.15695

Numéro

Rubrique

Artigos