Globalização e transformação dos espaços urbanos periféricos em Moçambique

Autores

  • Joaquim Miranda Maloa Universidade Rovuma, Niassa (UniRovuma), Moçambique

Palavras-chave:

Globalização, Espaços urbanos, Periferia, Gentrificação

Resumo

Na perspectiva de uma geografia dos processos de globalização e fragmentação dos territórios, este artigo explora os efeitos destas dinâmicas na transformação das periferias urbanas moçambicanas. O trabalho de campo e a pesquisa bibliográfica permitiram-nos concluir que foi a partir da década de 1990, período marcado pelo fim do "socialismo", da guerra civil, da economia centralmente planificada, que verificamos a abertura do pais ao mundo capitalista ocidental através do crescimento de investimentos estrangeiros e fluxos financeiros sob o efeito da liberalização dos mercados. Neste contexto, as periferias urbanas começaram a se transformar com a multiplicação de duplex, casas elegantes que chamamos de vivendas, verdadeiros “palacetes moçambicanos”, e de condomínios fechados. O estabelecimento dessas habitações vai transformando esses espaços e expulsando progressivamente a população de baixa renda que aí morava há bastante tempo, para locais muito distantes da área central. Este fenômeno é claramente analisado em sua dimensão geográfica como gentrificação.

Biografia do Autor

Joaquim Miranda Maloa, Universidade Rovuma, Niassa (UniRovuma), Moçambique

 

Joaquim MIRANDA MALOA. Doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP) e Doutor em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professor da Universidade Rovuma, Niassa (UniRovuma), Moçambique.

Linhas de pesquisa: Violência, Direitos Humanos, Criminalidade Urbana, Controle Social, Justiça e Democracia; Urbanização; Gestão Urbana, Planejamento Urbano; Segregação Sócio Espacial

Contato: joaquimmaloa@gmail.com

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Publicado

2020-09-11

Edição

Seção

Dossiê