Educar para separar e educar para unificar: A tónica racial dos propósitos de educação no Moçambique Colonial (1930-1974) e Pós-independente (1974-1985)

Autores

Palavras-chave:

Educação, relações raciais, divisão e unificação

Resumo

A educação foi sempre vista como umas das ferramentas-chave de promoção do desenvolvimento ou do bem-estar dos povos. Daí que, a Constituição da República de Moçambique prevê a educação como um direito fundamental de todos os cidadãos. Nestes moldes, a educação perde a tónica racial oculta nos seus propósitos no período colonial e pós-independência. Neste artigo, procuramos através da consulta bibliográfica, desvelar a tónica racial camuflada nos propósitos de educação no período colonial e pós-independência. Este exercício levou-nos a perceber que, os propósitos da educação sempre expressaram os propósitos politico-ideológicos dos governos do dia, em que, no período colonial, era de garantir a hegemonia do branco e, no pós-independência, consciencializar a população nativa/negros dos pecados do colonialismo e uni-los contra o domínio ocidental. Com isso, depreende-se que a educação, tanto no período colonial quanto na pós-independência, serviu de instrumento de mobilização da noção racial, com vista a separar a população negra (nativos) da branca (portugueses), no Moçambique colonial, e unificar os negros contra os brancos, no Moçambique pós-independente.  

 

Biografia do Autor

Sontina Benjamim Bero, Escola Primaria Completa de Noassa

De 34 anos, nacionalidade moçambicana, natural da cidade de Lichinga, Província de Niassa, Moçambique (África), docente da 1a Classe, na Escola Primária Completa de Naossa, no Distrito de Lichinga, estudante finalista do Curso de Licenciatura em Ensino de História, na Universidade Rovuma – Extensão de Niassa, Moçambique.

Agostinho Viana Lima, Universidade Rovuma - Extensao de Niassa

De 35 anos, nacionalidade moçambicana, natural da cidade de Nampula, Província de Nampula, Moçambique (África), licenciado em Antropologia e mestrado em Desenvolvimento Rural, docente na Universidade Rovuma – Extensão de Niassa, Moçambique.

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Publicado

2021-11-03

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Artigos