Utopias no espaço distópico da Mafalala
Resumo
A capital Maputo continua partida. Mafalala abriga os menos favorecidos, os marginalizados, em um espaço pobre, de muitas carências. No entanto, a esperança permanece pungente. As utopias da época colonial, conhecidas pela obra de Noémia de Sousa e tantos outros, ainda sobrevivem ali. Verificamos neste trabalho que, apesar de o bairro da Mafalala apresentar características de um espaço distópico, sua gente multiétnica resiste bravamente por meio de eventos temporários e fixos que são resultado de um trabalho primoroso de consciência social e divulgação das culturas locais. A partir de cinejornais sobre esse caldeirão cultural que é Maputo, analisaremos como ocorre a ficcionalização da realidade nesses filmes e quais os efeitos desse olhar cinematográfico em relação às atividades desenvolvidas no bairro. Além disso, discutiremos a permanência da poesia de Noémia de Sousa nesse cenário ainda cheio de esperanças de um dia tudo mudar.
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AbeÁfrica: revista da associação brasileira de estudos africanos, ISSN 2596-0873
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