A arte africana como filosofia: a tese de Senghor e a tradução de Souleymane Bachir Diagne "

Autores

  • Ana Rocha Universidade de Londres

Palavras-chave:

arte africana, filosofia africana, Léopold Sédar Senghor, Souleymane Bachir Diagne.

Resumo

Nesta exposição é nossa pretensão verificar de que modo o poeta e primeiro presidente do Senegal, Léopold Sédar Senghor, encarou a arte africana, nomeadamente as máscaras e a estatuária, enquanto expressões do pensamento filosófico africano, contrapondo posicionamentos, como os de Emmanuel Levinas ou de Hegel, que não concebiam a existência de filosofia fora dos contornos europeus. Para tal iremos apoiar-nos no livro Léopold Sédar Senghor. L’art africain comme philosophie, do filósofo senegalês Souleymane Bachir Diagne, que nele analisa profundamente o raciocínio de Senghor e descreve o trabalho filosófico que o poeta elaborou ao longo dos anos no sentido de comprovar a sua intuição de que a arte africana é uma expressão do pensamento africano e não uma mera expressão artística cujo propósito é alcançar o belo ou a imitação do real. Face a uma diferenciação Senghoriana apoiaremos o posicionamento da “tradução” de Souleymane Bachir Diagne.

Biografia do Autor

Ana Rocha, Universidade de Londres

Doutoramento em Literatura de Língua Portuguesa, na área das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC). Membro colaborador do Centro de Literatura Portuguesa (CLP) da FLUC. Membro do Regional Advisory Committee do Global Council for Anthropological Linguistics (GLOCAL) da School of Oriental and African Studies (SOAS), da Universidade de Londres

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Publicado

2023-09-09

Edição

Seção

Dossiê