MEU E/OU NOSSO: Capacete Entretenimentos

Autores

  • Kamilla Nunes Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.37235/ae.n36.18850

Resumo

O artigo apresenta uma pesquisa sobre o Capacete Entretenimentos, um espaço de interlocução e intermediação, criado por Helmut Batista, na cidade do Rio de Janeiro, em 1998. O que se propõe no texto a seguir, meu e/ou nosso, é uma reflexão sobre esse espaço a partir de uma perspectiva crítica e histórica. 

Biografia do Autor

Kamilla Nunes, Universidade do Estado de Santa Catarina

É curadora independente e crítica de arte, mestre e doutoranda no Programa de Pós-Graduação do Ceart/Udesc, graduada em Artes PlaÌsticas pela mesma universidade [2010].  É gestora do Espaço Embarcação, em Florianópolis. Foi curadora do Espaço Cultural O SiÌtio [2015] e diretora do Instituto Meyer Filho [2010 a 2014].

Referências

Transcrição de fragmentos do vídeo de campanha de financiamento coletivo para o programa artístico e educacional de 2016, do Capacete Entretenimentos. Disponível em:

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Helmut Batista (Rio de Janeiro, 1964) estudou ópera na ESAT e trabalhou na Ópera de Vienna. Em 1998 fundou o Capacete Entretenimentos. Como artista, até 1997, expôs na Gallery Schipper, Air de Paris, Massimo de Carlo, Von Senger entre outras. Em 2013 curou e organizou uma mostra no Portikus em Frankfurt.

AGORA -- Agência de Organismos Artísticos (Rio de Janeiro, RJ, 1999 a 2003). Em agosto de 1999, Eduardo Coimbra, Raul Mourão e Ricardo Basbaum se uniram para criar o AGORA, cujas atividades envolveram colóquios, seminários e exposições. As atividades da agência foram precedidas por uma série de realizações coletivas, iniciadas em 1988, com a criação do Visorama, grupo de discussão em torno das questões modernas e contemporâneas em arte.

No texto “Entre fronteiras impingidas e cidades afet(u)adas”, publicado em “Livro para ler: 10 anos de Capacete”, Marcia Ferran discorre sobre a noção de “hospitalidade” e o Capacete Entretenimentos.

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A Merzbau (Coluna Merz) teve início em 1920 e durou treze anos, até ser destruída durante a guerra, em 1943. A Merzbau foi criada pelo escritor, poeta, performer e tipógrafo Kurt Schwitters, um artista refugiado que se autonominava “Merz”. Schwitters se apropriava de coisas encontradas para construir a Merzbau, sempre de dentro para fora. Composta por grutas, vales, depressões e superfícies justapostas, havia na Merzbau uma noção de casa dentro da casa, de psicoarquitetura -- reconstruir através dos cacos (dadaísmo), onde estão presentes lembranças de toda a vida do artista. O espaço se tornou o trabalho e, o artista, o espaço. Schwiters era a parte mais importante da Merzbau: seu conceito de obra não incluía apenas todos os tipos de arte que deviam ser reunidos na “obra de arte Merz completa”, mas também sua própria pessoa.

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“O Jornal Capacete nasceu em 2001, denominado Planeta Capacete. Com tiragem de 5.000 exemplares, distribuído gratuitamente para várias regiões do país, o Planeta Capacete, em todo o seu período de existência (2001-2004), teve sempre como norma convidar artistas para projetar cada número publicado. Cada artista convidado tinha, portanto, a liberdade de criar o periódico da forma que melhor lhe conviesse: o formato e até mesmo, se assim o desejasse, interferir no corpo editorial. A única limitação era o material, que deveria ser de baixo custo, possibilitando uma grande tiragem, assegurando dessa forma uma maior distribuição no processo de sua circulação”. MELIM, Regina. In: Revista: Estudio, Artistas Sobre outras Obras, Ano 1, Número 1, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes, Lisboa, 2010.

Em 2002, convidado a participar da edição da 25ª Bienal de São Paulo, Helmut Batista convidou dois artistas para dividirem essa experiência com a galeria ou escritório móvel A Banca: a francesa Marie-Ange Guilleminot e o brasileiro Marssares.

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Publicado

22-12-2018

Edição

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Artigos