No limiar de um trompe-l'oeil pós-moderno: o confronto sociopolítico entre a pintura erudita e a arte urbana
Resumo
Há um momento importante de transição ou passagem de nosso modernismo para o pós-modernismo nas artes visuais, em que a visualidade dos meios plásticos, sobretudo, os meios da pintura começaram a ser amplamente questionadas. Tais questionamentos podem ser exemplificados pelas experimentações mais conceituais de Hélio Oiticica e Lygia Clark, por exemplo. Importa abordar alguns princípios teóricos como os elaborados na Teoria do não objeto, de Ferreira Gullar. O crítico e poeta anunciou as modificações no campo pictórico por meio da “morte da pintura”, mais precisamente, da moldura enquanto convenção ou de sua canonização nas amarras do cavalete. apelava-se para a mente e para os sentidos na tentativa de apreensão das relações entre o observador e o “(não) objeto”, constituído em função do espaço, em função do mundo.
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