BALLET FOLCLÓRICO MERCEDES BAPTISTA: ENTRE BRASILIDADE E NEGRITUDE NO RIO DE JANEIRO DAS DÉCADAS DE 1950 E 1960 / Mercedes Baptista Folk Ballet: between Brazilianess and Blackness in Rio de Janeiro during the 1950’s and 1960’s

Autores

  • Erika Villeroy

DOI:

https://doi.org/10.37235/ae.n41.7

Resumo

Abordagem histórico-crítica sobre a emergência de uma dança negra cênica no Rio de Janeiro, nas décadas de 1950 e 1960, consolidada pela bailarina e coreógrafa Mercedes Baptista mediante a articulação das técnicas do balé clássico, das danças modernas e de consistente pesquisa acerca das danças afro-brasileiras e dos pés de dança do candomblé. Levando em conta as possibilidades de abertura e transformação dos códigos próprios do que hoje é uma das vertentes de maior peso do que se entende por danças afro, que permitiram a criação de novas poéticas e metodologias, o texto aponta para a existência de uma estética negra que se construiu no campo das artes cênicas no contexto da diáspora negra.

Palavras-chave: Mercedes Baptista; História da dança; Danças negras.

 

Abstract


This text takes a historical and critical approach to the emergence of Black concert dance in Rio de Janeiro between the 1950s and 1960s. This movement found its consolidation through the ballet dancer and choreographer Mercedes Baptista’s articulations between classical ballet, modern dances, as well as her consistent research regarding secular and religious Afro-Brazilian dances. By considering the possibilities of openings and transformations within the codes of Danças Afro that allow for the creation of new poetics and methodologies, the text also seeks to base the existence of a Black aesthetics in the performance arts within the context of the black diaspora.

Keywords: Mercedes Baptista; Dance history; Black dance.

Referências

BACELAR, Jefferson. A história da Companhia Negra de Revistas (1926-1927). Revista de Antropologia, São Paulo, v. 50, n. 1, jan.-jun. 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-77012007000100012. Acesso em 13 mar. 2020.

DEE DAS, Joanna. Katherine Dunham – dance in the African diaspora. New York: Oxford University Press, 2017.

DIÁRIO CARIOCA. Ex-maquis leva folclore a Paris. Rio de Janeiro, 22 maio 1965.

FERRAZ, Fernando. O fazer saber das danças afro: investigando matrizes negras em movimento. Tese (Doutorado em Artes Cênicas) – Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2017.

HOOKS, Bell. Black looks: race and representation. Boston: South End Press, 1992.

LARKIN, Elisa. Cultura em movimento: matrizes africanas e ativismo negro no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2008.

LAUNAY, Isabelle. Desafios para uma história transcultural das danças contemporâneas. In: NEVES, Cássia; LAUNAY, Isabelle; ROCHELLE, Henrique. Dança, história, ensino e pesquisa. Fortaleza: Indústria da Dança do Ceará, 2017.

MARTINS, Leda Maria. A cena em sombras. São Paulo: Editora Perspectiva, 1995.

MELGAÇO, Paulo. Mercedes Baptista – a criação da identidade negra na dança. Rio de Janeiro: Fundação Cultural Palmares, 2007.

PEREIRA, Roberto. A formação do balé brasileiro. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2003.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto, nem branco, muito pelo contrário. Cor e raça na sociabilidade brasileira. São Paulo: Claro Enigma, 2012.

SILVA, Luciane da. Corpo em diáspora: colonialidade, pedagogia de dança e técnica Germaine Acogny. Tese (Doutorado em Artes) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017.

VOLÚSIA, Eros. Eu e a dança. Rio de Janeiro: Revista Continente, 1983.

XAVIER, Giovana. Maria de Lurdes Vale Nascimento: uma intelectual negra do pós-abolicão. Biblioteca Virtual Consuelo Pondé, 2016. Disponível em: http://www.bvconsueloponde.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=196. Acesso em 24 ago. 2020.

Downloads

Publicado

24-07-2021