ARTE AMAZÔNICA, COSMOLOGIA E AÇÃO POLÍTICA / Amazonian art, cosmology and political action

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37235/ae.n40.9

Resumo

Esse artigo é um exercício de aplicação do conceito de cosmopolítica à produção da arte amazônica, especialmente a do artista peruano Pablo Amaringo, considerando aqui, como as culturas amazônicas performam com o mundo, já que o xamanismo tem seus próprios paradigmas energéticos, cosmológicos e ecológicos. O propósito principal é ressaltar a necessidade de se conhecer a diversidade de perspectivas que conformam esses múltiplos mundos para poder compreender suas expressões artísticas como sistemas coletivos de arte que mobilizam artistas engajados em projetos étnicos de seu povo, cujas implicações são sociais e políticas também.

Palavras-chave: Arte Amazônica; Pablo Amaringo; Cosmopolítica.

Abstract

This article is an exercise in applying the concept of cosmopolitics to the production of Amazonian art, especially that of the Peruvian artist Pablo Amaringo, considering here, how Amazonian cultures perform with the world, since shamanism has its own energetic, cosmological and ecological paradigms. The main purpose is to highlight the need to know the diversity of perspectives that shape these multiple worlds in order to understand their artistic expressions as collective art systems that mobilize artists engaged in the ethnic projects of their people, whose implications are social and political as well.

Keywords: Amazonian Art; Pablo Amaringo; Cosmopolitics.

Biografia do Autor

Daniella Crespim Villalta, Pesquisadora independente

Doutora em Artes Visuais, linha de Imagem e Cultura, pelo PPGAV - EBA/UFRJ.

Referências

BELAUNDE, Luisa Elvira. Donos e pintores: plantas e figuração na Amazônia peruana. MANA 22(3): 611-640, 2016. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/1678-49442016v22n3p611 Acesso em 12/03/2020.

____. Movimento e profundidade no kene shipibo-konibo. In: LAGROU, Els; SEVERI, Carlos. Quimeras em diálogo. Grafismos e figuração na arte indígena. Rio de Janeiro: Sete Letras, 2013.

____. Visión de espa cios en la pintura chamánica del sheripiare asháninka Noé Silva Morales. Mundo Amazónico 2: 365-377, 2011.

BENDAYAN, Christian, Don Pablo, el Maestro. In: VILLAR, Alfredo. Usko Ayar: la escuela de las visiones. Lima: PetroPeru, 2013.

GIBRAM Paola Andrade. Propostas cosmopolíticas e resistência indígena: um convite às festas kaingang. Cadernos de Campo. N. 26, v. 1. jan/dez 2017. PPGAS/USP. 132-150. Disponível em <http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/issue/view/10569 Acesso em 16/03/2020.

LAGROU, Els. Entre xamãs e artistas: entrevista com Els Lagrou. 2010. Disponível em: https://revistausina.com/20-edicao/entrevistacom-els-lagrou/ Acesso em 18/03/20.

LUNA, Eduardo & WHITE, Steven F. Ayahuasca reader: encounters with the Amazon’s sacred vine. Santa Fé: Synergetic Press, 2016.

____. Inner Visions: Sacred Plants, Art and Spirituality. Brauer Museum. Valparaiso University Center for the Arts. Indiana, 2015.

____. AMARINGO. Ayahuasca Visions: The Religious Iconography of a Peruvian Shaman. Califónia: North Atlantic Books, 1991.

OVERING, Joanna. Aesthetics is a cross-cultural category. In: INGOLD, Tim. Key Debates in Anthropology. 249-293. Londres: Routledge, 1996.

RIVERA, Ronald C. Arte con ayahuasca, entrevistas sobre procesos creativos. Lima: La Nave, 2015.

STENGERS, Isabelle. A proposição cosmopolítica. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 69, p. 442-464, abr. 2018.

VILLALTA, Daniella C. Arte visionária amazônica. Pablo Amaringo e as formas do invisível. Tese de doutorado. PPGAV - EBA/UFRJ, 27/jun/2019.

VILLAR, Alfredo. Usko Ayar: la escuela de las visiones. Lima: PetroPeru, 2013.

WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo, Cosac Naify, 2010.

Downloads

Publicado

02-12-2020