A dobra e a diferença: colagens de Picasso

Autores

  • Marisa Flórido Cesar

DOI:

https://doi.org/10.37235/ae.n6.4

Resumo

Que cumplicidade poderia existir entre um pintor e um poeta? Entre as colagens de Picasso e a poesia de Mallarmé? A pintura e a escrita são duplos da representação, duplos de um único que não encontra mais um modelo que lhe assegure a identidade e lhe conceda um sentido. Se a dobra parece agora perdida, resta então voltar-se para si mesma, internalizar a própria duplicidade? Resta investigar, no cruzamento das repetições e das diferenças, o próprio destino da representação, tal como as colagens de Picasso e a poesia de Mallarmé que nelas ecoa. Em suas dobras apaixonadas, a pintura e a escrita, a imagem e seu enunciado, a palavra e a coisa trocam de lugar e de materialidades sem jamais se reconciliar em um singular.

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Publicado

05-02-2022

Edição

Seção

Artigos