Por uma meta-história do filme: notas e hipóteses de um lugar-comum
DOI:
https://doi.org/10.60001/ae.n21.p190%20-%20199Resumo
Por uma meta-história do filme não é apenas a construção de uma ficção poética como quadro para uma articulação teórica; é também a elaboração das possibilidades do que Hollis Frampton chamou de cinema infinito. Ao meta-historiador do filme caberia a tarefa radical e utópica de estabelecer a conjugação sinóptica de toda uma tradição a ser inventada. O projeto desemboca em Magellan. Fernão de Magalhães, o primeiro homem a fazer a circunavegação da Terra é a referência metafórica que inspira a realização de um ciclo-calendário, filmes específicos com durações variáveis entre um minuto e mais de uma hora para serem mostrados a cada dia do ano. A prova de que a Terra é redonda não erradica as bifurcações que habitam o maior loop de filme já proposto. Assim como Magalhães completa a volta morto, Magellan permanece necessariamente inacabado.
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