ESTAÇÃO ADÍLIO: POR UMA POLÍTICA DA MEMÓRIA A CORPOS INVISIBILIZADOS / Estação Adílio: towards a politics of memory for invisibilized bodies
DOI:
https://doi.org/10.37235/ae.n40.6Resumo
O ensaio analisa a ação performática Estação Adílio, realizada por Elilson em 2016. Tratou-se de uma homenagem a Adílio Cabral, vendedor ambulante atropelado por três trens na Estação Madureira, Rio de Janeiro, em julho de 2015. Para compreender os vínculos políticos do trabalho, partimos dos subsídios teóricos de Jacques Rancière, em cruzamento com o pensamento de Judith Butler. Nos baseamos em Maurice Halbwachs e Walter Benjamin para explicitar o modo como a performance mobiliza uma escuta da memória no próprio território. Compreendemos que a performance reorganiza a cartografia de visibilidades e invisibilidades que coaduna a produção coletiva da memória.
Palavras-chave: Políticas da memória; Arte e política; Memória coletiva; Performance; Distribuição desigual do luto.
Abstract
This essay analyzes Estação Adílio, performed by Elilson in 2016. It was a tribute to Adílio Cabral, a street vendor run over by three trains at Estação Madureira, Rio de Janeiro, in July 2015. To understand the politics underlying the artwork, we start from the theoretical subsidies of Jacques Rancière, along with the thought of Judith Butler. Based on Maurice Halbwachs and Walter Benjamin, we explain how the performance mobilizes a listening based on territory’s memory. We understand the performance reorganizes the cartography of visibilities and invisibilities that follows the collective production of memory.
Keywords: Politics of memory; Art and politics; Collective memory; Performance; Differential distribution of grief.
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