O Antropoceno e os oximoros tecno-sublimes na arte contemporânea

Autores

DOI:

https://doi.org/10.60001/ae.n45.10

Palavras-chave:

Antropoceno, Ecoarte, Aeroceno, Tecno-sublime, Pós-humano

Resumo

Partindo da triangulação entre arte, Antropoceno e sublime, articula-se o pensamento de Bourriaud, Latour e Haraway, aprofundando esses conceitos por uma perspectiva histórica da arte contemporânea que potencie a projeção de cenários futuros. Na tentativa de identificar uma base conceptual mais recuada desenvolve-se um exercício arqueológico por meio da obra de artistas como Beuys, Haacke ou Denes, pontos de referência que permitirão definir trajetórias e tendências atuais. Será ponderado o legado de Buckminster Fuller, incluindo o projeto Biosphere 2, para firmar a dinâmica científico-artística, essencial à especulação filosófica desses temas. Pensam-se em seguida obras de Goldsworthy, Turrell e Saraceno à luz da definição de espaços e tempos específicos de cada um dos conceitos deste artigo: Antropoceno (tempo geológico e um espaço sem exterior), sublime (escala histórico-biológica) e arte (espaço ficcional e tempo individual). Para evidenciar a dinâmica mutuamente potenciadora do sublime e do Antropoceno, são ponderadas algumas obras da Documenta 13, nomeadamente de Huyge, Pentecost, Dong, Buch, Kyungwon e Joonho. Pensa-se ainda o tecno-sublime de Jameson em tentativa de aprofundar o pós-humano, ponderando a eventual obsolescência do humano e algumas formas de essa ser evitada.

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Publicado

03-09-2023

Edição

Seção

Artigos