Para que a vida aconteça: dispositivo e performatividade em Assíntotas
DOI:
https://doi.org/10.60001/ae.n47.6Palavras-chave:
Dispositivo-cinema, Transcinema, Performatividade, Arte contemporâneaResumo
O texto apresenta um experimento artístico de Anna Costa e Silva, que evoca um termo da geometria analítica - assíntotas - para falar sobre reverberações entre existências distintas, que saltam as telas para nos transformar em agente e testemunha do tempo. Apoiado nos conceitos de performatividade (Dorothea von Hantelmann), dispositivo-cinema (André Parente, Antônio Fatorelli, Katia Maciel e Victa de Carvalho), instauração (Lisette Lagnado) e dimensão relacional (Nicola Bourriaud) procuro analisar um tipo de trabalho que se coloca como um local de manobras, um portal gerador de atividades, que se relaciona com o aqui-e-agora, para que as "coisas" aconteçam - a experiência em si. Uma dinâmica entre a obra, o corpo e o pensamento, que exige uma participação física e mental. O que pretendo demonstrar é que Anna Costa e Silva vem realizando trabalhos que se utilizam dos processos comunicativos, para estabelecer relações em processos de sociabilização que buscam a formação de sujeitos, laços e identidades, a partir da investigação de diferentes formas de interação humana. Mostrando que o que a artista faz é se colocar no centro do problema e nos convidar para vivências que envolvem intimidade e estranheza, que por consequência, abrem espaço para que a vida aconteça.
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