Pessoas e grupos presentes na Casa do Povo
se não são “públicos”, então o que são?
DOI:
https://doi.org/10.60001/ae.n49.7Palavras-chave:
Casa do Povo, Novo institucionalismo, Participação, Política institucional, PúblicosResumo
Resultante de um programa público realizado com parcelas da comunidade da Casa do Povo, este artigo desdobra em termos descritivos e conceituais a tipologia cunhada localmente para designar as formas de envolvimento das pessoas e grupos na vida institucional desse centro cultural paulistano. O mote da discussão advém do entendimento compartilhado de que as presenças no equipamento não são recobertas pelos papéis convencionais de público, tais como “visitantes” e “espectadores”. Essa constatação serve de ponto de partida para abordagem cujo método opta por cotejar o conjunto de designações nativas com parâmetros da literatura relacionada aos estudos de públicos. A isso se articula olhar orientado para a política da instituição, com o marco do “novo institucionalismo” servindo para situar suas maneiras de fomentar participação e, mais ainda, uma dinâmica distribuída de gestão desse “monumento vivo” de gênese judaico-progressista, que tem seu programa e governança reestruturados a partir de 2013, ano decisivo para os rumos políticos do país.
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