DANDO BANDEIRA: RELATOS PARA COMUNIDADES IMAGINADAS / Dando bandeira: stories for imagined communities
DOI:
https://doi.org/10.37235/ae.n41.11Resumo
O artigo tem como objeto a análise da produção de bandeiras confeccionadas por artistas brasileiros. A partir da ideia de que bandeiras são objetos performativos e propositivos, que impulsionam a formalização de novos relatos e comunidades fora das lógicas de representatividade e pertencimento das macropolíticas, as obras Bandeyra Nacional (2015), de Frederico Costa, Amarelo, sei lá... desespero (2019), de Ítala Isis, e América é Marica (2019), de Francisco Mallmann, são utilizadas para a reflexão sobre as noções de inespecificidade na arte, desidentificação e grupalidade.
Palavras-chave: Brasil; Bandeira; Representatividade; Pertencimento; Inespecificidade.
Abstract
This article has as its object of analysis a set of flags made by Brazilian artists. Starting from the idea that flags are performative and propositive objects able to propel the formalization of new stories and communities outside the logics of representativity and belonging of macropolitics, the pieces Bandeyra Nacional (2015), by Frederico Costa, Amarelo, sei lá... desespero (2019), by Ítala Isis, and América é Marica (2019), by Francisco Mallmann, are used to reflect about the notions of unspecificity in art, disidentification and groupality.
Keywords: Brazil; Flag; Representativity; Belonging; Unspecificity.
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