Comparação Climatológica do Vento na Superfície do Mar entre Duas Reanálises Atmosféricas Globais para a Margem Continental Leste/Sudeste Brasileira

Authors

  • Douglas Medeiros Nehme Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Meteorologia, Laboratório de Oceanografia Física. Avenida Athos da Silveira Ramos 274, sala H2-010, Cidade Universitária, 21941-916 Rio de Janeiro/RJ, Brasil
  • Raquel Toste Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia, Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia. Avenida Athos da Silveira Ramos 149, sala I-214, 21941-909 Rio de Janeiro/RJ, Brasil
  • Luiz Paulo de Freitas Assad Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Meteorologia, Laboratório de Oceanografia Física. Avenida Athos da Silveira Ramos 274, sala H2-010, Cidade Universitária, 21941-916 Rio de Janeiro/RJ, Brasil Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia, Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia. Avenida Athos da Silveira Ramos 149, sala I-214, 21941-909 Rio de Janeiro/RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_1_117_126

Keywords:

Interação oceano-atmosfera, Atlântico Sul, Climate Forecasting System Reanalysis, ERA-Interim, Energia cinética do vento, Rotacional da tensão de cisalhamento do vento

Abstract

Devido à relevância do entendimento da influência dos fluxos atmosféricos sobre o estado do oceano, em especial, a modelagem e previsão das interações entre esses dois sistemas, o presente estudo objetivou comparar, climatologicamente, duas reanálises atmosféricas com relação à energia dos ventos sobre a superfície do mar para margem continental leste/sudeste brasileira. Os produtos selecionados foram o Climate Forecast System Reanalysis (CFSR) e o ERA–Interim (ERAI), comparados entre si de 1979 a 2010 e validados de acordo com os dados remotos do Advanced Scatterometer (ASCAT) entre maio/2007 e dezembro/2010. Os resultados demonstraram claro padrão mais energético do CFSR em relação ao ERAI, seja espacial ou temporalmente, exceção feita a certas áreas costeiras. Quantitativamente, o primeiro produto, em média, foi 13% mais intenso, bem como apresentou maior energia cinética em 92% dos meses entre 1979 e 2010. O CFSR e o ERAI superestimaram os dados do ASCAT em 8% e 2%, respectivamente, mas se ajustaram satisfatoriamente bem, com baixos RMSE e altos coeficientes de correlação. Sugere-se que a maior energia existente no CFSR esteja associada a sua maior resolução espacial, o que possibilitaria maior amostragem dos fenômenos atmosféricos, e que o melhor ajuste do ERAI seja consequência de seu método de assimilação de dados mais robusto, o que compensaria a menor disponibilidade de dados in situ e remotos no Atlântico Sul.

Published

2019-12-01

Issue

Section

Article