Análise Estatística do Vento em Dois Parques Eólicos no Rio Grande do Norte

Authors

  • William Duarte Jacondino Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Meteorologia, Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas, Av. Ildefonso Simões Lopes, 2751, 96060-290, Pelotas, RS, Brasil
  • Leonardo Calvetti Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Meteorologia, Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas, Av. Ildefonso Simões Lopes, 2751, 96060-290, Pelotas, RS, Brasil
  • Ana Lucia da Silva Nascimento Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Meteorologia, Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas, Av. Ildefonso Simões Lopes, 2751, 96060-290, Pelotas, RS, Brasil
  • Cesar Augustus Assis Beneti Sistema Meteorológico do Paraná, Av. Francisco H. dos Santos, 210, 81531-980, Curitiba, PR, Brasil
  • Sheila Radman da Paz Sistema Meteorológico do Paraná, Av. Francisco H. dos Santos, 210, 81531-980, Curitiba, PR, Brasil
  • Omar Medeiros Jadalla Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas - UFPEL, Pelotas, Av. Ildefonso Simões Lopes, 2751, 96060-290, Pelotas, RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_2_230_244

Keywords:

Energia eólica, Distribuição de Weibull, Nordeste do Brasil

Abstract

O estado do Rio Grande do Norte é líder em geração eólica no país com mais de 150 parques eólicos em operação e 4 GW de potência instalada. Embora a indústria de energia eólica continue a crescer, ainda há muito poucos trabalhos que analisam o comportamento do vento em alturas acima de 80 m, que é tipicamente a altura em que se encontra o rotor de uma turbina eólica. Neste trabalho é realizada uma análise do comportamento do vento a 95 m em dois parques eólicos na cidade de Parazinho-RN em escala mensal, sazonal e horária, com o objetivo de identificar quais os períodos do ano de 2017 foram mais favoráveis para produção de energia eólica na região. Os dados da velocidade e direção do vento utilizados neste estudo foram coletados por um anemômetro de copo de alta precisão Thies First Class e um indicador de direção do vento Thies Compact, correspondendo a média horária das medições realizadas a cada segundo e integralizadas em intervalos de 10 minutos no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2017. Em função dos resultados apresentados neste trabalho, se constatou que a primavera é a estação do ano de 2017 que apresenta as maiores velocidades médias mensais do vento, com pico máximo no mês de setembro, enquanto que as menores velocidades variam durante o trimestre Março-Abril-Maio. O período diurno entre as 10:00 h e 17:00 h local é o que apresenta com maior frequência velocidades ≥ 10 m.s-1. A direção do vento varia de leste a sul, com predominâncias das direções leste e sudeste, em cerca de 80% do tempo. Durante os trimestres que correspondem ao verão e outono, as distribuições de Weibull estão mais concentradas em torno de 6,5 e 7 m.s-1, indicando que nesse período do ano há maior probabilidade de ocorrência de velocidades médias menores, implicando em menor produtividade para energia eólica. O contrário é observado no inverno e primavera, com exceção do mês de junho, em que as distribuições estão mais concentradas em torno de velocidades ≥ 8 m.s-1 e apresentam maior probabilidade de ocorrência de velocidades médias maiores, se mostrando o melhor período do ano de 2017 para geração de energia eólica.

Published

2019-12-01

How to Cite

Jacondino, W. D. (2019) “Análise Estatística do Vento em Dois Parques Eólicos no Rio Grande do Norte”, Anuário do Instituto de Geociências. Rio de Janeiro, BR, 42(2), pp. 230–244. doi: 10.11137/2019_2_230_244.

Issue

Section

Article