Ligação Entre Extremidade Frontal e Zona de Convergência Intertropical Sobre a Região Nordeste do Brasil

Authors

  • Matheus José Arruda Lyra Universidade Federal de Alagoas, Instituto de Ciências Atmosféricas, Bloco 15 (1º Andar) Campus A. C. Simões, 57051-900 Maceió, Alagoas, Brasil.
  • Lucas Carvalho Vieira Cavalcante Universidade Federal de Alagoas, Instituto de Ciências Atmosféricas, Bloco 15 (1º Andar) Campus A. C. Simões, 57051-900 Maceió, Alagoas, Brasil.
  • Vladimir Levit Universidade Federal de Alagoas, Instituto de Ciências Atmosféricas, Bloco 15 (1º Andar) Campus A. C. Simões, 57051-900 Maceió, Alagoas, Brasil.
  • Natalia Fedorova Universidade Federal de Alagoas, Instituto de Ciências Atmosféricas, Bloco 15 (1º Andar) Campus A. C. Simões, 57051-900 Maceió, Alagoas, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_1_413_424

Keywords:

Frentes, ZCIT, Região tropical

Abstract

O estudo tem como objetivo analisar a atuação de uma extremidade frontal na região Nordeste do Brasil (NEB) e sua ligação com a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), a qual resultou na formação de um Complexo Convectivo de Mesoescala (CCM). A análise destes sistemas desperta bastante interesse devido os fenômenos adversos associados e por ser uma junção de casos onde, até então, ainda não havia registro de pesquisas. A área de estudo é compreendida entre os paralelos 10Nº e 80ºS e os meridianos 40º a 60ºW, estendendo-se entre os dias 10 e 13 de maio de 2014. Foram utilizados dados de reanálise ERA-Interim fornecidos pelo European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF) em conjunto com o software OpenGrADS para a confecção dos campos meteorológicos e imagens dos satélites GOES e METEOSAT no canal Infravermelho (IR) para a identificação e análise dos sistemas sinóticos. A análise termodinâmica deste sistema baseou-se na análise de perfis verticais da atmosfera, plotados através de dados de reanálise II do National Centers for Environmental Prediction (NCEP) e radiossondagens disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). O modelo HYSPLIT foi utilizado em conjunto com estes dados para a confecção dos perfis verticais previstos para até 48h de antecedência do CCM. O ciclone baroclínico em estudo começou a se desenvolver no dia 10 de maio, se intensificando até o dia 13. A periferia frontal fria se estendeu até o NEB, ganhando força através da oclusão instantânea próxima a 20ºS. A ZCIT deslocou-se verticalmente para Sul ao longo dos dias, passando a ter sua nebulosidade conectada à frente fria no dia 11. Em consequência da convecção gerada por estes dois sistemas, um CCM se formou nas primeiras horas do dia 12, com área aproximada de 57.000km². Seu deslocamento foi influenciado pela corrente da ZCIT, fazendo com que o sistema se deslocasse para Oeste. O valor máximo pluviométrico gerado por estes sistemas de 170mm/24h foi registrado em São Luís-MA. Os perfis previstos mostraram, de forma geral, bons resultados, com até 12h de antecedência da formação do CCM.

Published

2019-12-01

Issue

Section

Article