Análise Comparativa de Metodologias de Determinação de Valores de Referência para Sedimentos de Corrente

Authors

  • Raphael de Vicq Ferreira da Costa Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Geologia, Escola de Minas, Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais, Campus Morro do Cruzeiro, s/n, Bauxita, 35400-000, Ouro Preto, MG, Brasil.
  • Lucas Pereira Leão Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Geologia, Escola de Minas, Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais, Campus Morro do Cruzeiro, s/n, Bauxita, 35400-000, Ouro Preto, MG, Brasil.
  • Mariangela Garcia Praça Leite Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Geologia, Escola de Minas, Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais, Campus Morro do Cruzeiro, s/n, Bauxita, 35400-000, Ouro Preto, MG, Brasil.
  • Hermínio Arias Nalini Júnior Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Geologia, Escola de Minas, Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais, Campus Morro do Cruzeiro, s/n, Bauxita, 35400-000, Ouro Preto, MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11137/2019_1_554_566

Keywords:

Valores de referência, Sedimentos, Quadrilátero ferrífero

Abstract

A definição de valores de referência em séries de dados geoquímicos tem sido um dos principais desafios nos estudos relativos à geoquímica ambiental. Antigas metodologias eram fundamentadas em parâmetros estatísticos, na construção de tabelas, gráficos e histogramas. Contudo, estas técnicas não definem estes valores de maneira correta ou apresentam valores muito diferentes para a mesma região. Desta forma, o presente trabalho testou diferentes metodologias de determinação de valores de referência para sedimentos de corrente: média +2 desvio padrão, mediana +2 MAD, boxplot UIF, análise fractal, análise espacial com a interpolação pelo modelo IDW e as metodologias associadas, o que foi feito na região do Quadrilátero Ferrífero – Brasil, conhecida mundialmente por sua diversidade de minérios e tipos litológicos. Os resultados indicam que as técnicas mais antigas de determinação de valores de referência, notadamente a “Média + 2x desvio padrão e a Mediana + 2x MAD” demonstraram não serem efetivas para a separação das anomalias, pois superestimam ou subestimam a faixa de referência, podendo causar erros consideráveis quando são discutidos aspectos relativos à legislação ambiental. Já as metodologias “Análise fractal” e “Boxplot UIF” apresentaram, para a grande maioria dos elementos, valores bem próximos, confirmando que o intervalo de referência está correto e, demonstrando que ambas são as mais adequadas para ambientes geológicos complexos. Contudo, foram verificados para alguns elementos (Cu, Fe, Pb e Ti) valores discrepantes de 30 a 46 % entre as metodologias. No entanto, sempre que ocorreram divergências, os valores obtidos via Análise fractal demonstraram ser mais condizentes com a distribuição espacial dos elementos, além de ter apresentado os outliers em locais onde notadamente são observados litotipos ricos no elemento e impactos ambientais capazes de disponibilizá-lo para o meio.

Published

2019-12-01

Issue

Section

Article