Caracterização de Suscetibilidade ao Colapso por Análise Estrutural e Geofísica em Área Cárstica no Município de Sete Lagoas - MG

Débora Vasconcelos de Oliveira, Luis de Almeida Prado Bacellar, Paulo Roberto Antunes Aranha

Abstract


Problemas geotécnicos, como colapsos, são comuns em ambientes cársticos e na cidade de Sete Lagoas (MG) inúmeros casos foram registrados nos últimos anos. Em consequência, estudos têm sido desenvolvidos com o intuito de delimitar áreas de maior suscetibilidade a este fenômeno, que está geralmente vinculado a presença de condutos ou cavidades subterrâneas, de desenvolvimento controlado pela estrutural. Entre os diversos métodos de caracterização de cavidades, um dos mais eficazes é a geofísica de superfície, em especial a eletrorresistividade, com a técnica de caminhamento. Uma técnica alternativa, menos conhecida, mas tida como eficiente para a detecção de direções de fraturas subverticais, é a aquisição elétrica azimutal, que consiste em rotacionar algum arranjo (e.g. Wenner, Dipolo Equatorial, Quadrático) em torno de um ponto. O objetivo principal deste trabalho foi definir a suscetibilidade ao colapso de uma área adjacente a uma lagoa no município de Sete Lagoas/MG por análise estrutural e eletrorresistividade. Objetivou-se, secundariamente, averiguar a eficácia da técnica de aquisição azimutal na detecção de fraturas verticais. Foram traçados lineamentos estruturais em imagens de sensores remotos, além de medidas em campo as atitudes do acamamento e das fraturas. O levantamento geofísico consistiu de linhas de caminhamento elétrico com arranjo dipolo-dipolo e de levantamentos azimutais com diversos arranjos e espaçamentos interletrodos. Foi possível identificar um antiforme vazado na área e uma cavidade ampla e rasa, conectada à lagoa. Além de fraturas paralelas ao acamamento, foram reconhecidas quatro famílias de fraturas subverticais, N20E (F1), E-W (F2), N50-70E (F3) e N30-50W (F4). A família F2 é a mais frequente e a F4 mais aberta, classificada como cavernosa. Com estas informações concluiu-se que o terreno estudado apresenta alta suscetibilidade ao colapso. A técnica azimutal se apresentou útil como complemento para identificar fraturas subverticais, uma vez que os resultados obtidos foram coerentes com os dados estruturais.

Keywords


Carste; eletrorresistividade; perfis azimutais

References


Angeles, J.; Angeles, R.; Flores, J. & Karam, H. 2019. Estimación

de isla de calor urbana en el Área Metropolitana

de Iquitos/Perú. Anuario do Instituto de Geociencias,

:135-145.

Angeles J.; Flores, R.; Karam, H.; Arana, G. & Angeles, R.

Isla de calor urbana superficial en las areas metropolitanas

de Huancayo y Arequipa/Perú. Anuario do

Instituto de Geociencias, 2:197-207.

Adebayo, Y.R. 1987. Land-use approach to the spatial analysis

of the Urban Heat Island in Ibadan, Nigeria. Weather,

: 273–280.

Banco Mundial. 2012. Statistics South Africa, 2012. Population

Census 2011. Disponible en : https://microdata.worldbank.

org/index.php/catalog/2067. Acceso en: 1 de febrero

de 2019 y 30 de junio de 2019.

BNRCC. 2016. Building Nigeria’s Response to Climate Change.

Towards a Lagos State Climate Change Adaptation

Strategy. Disponible en: https://www.yumpu.com/en/

document/view/6688834/nigeria-ccastr-building-nigerias-

response-to-climate-change. Acceso en: 1 de febrero

de 2019 y 30 de junio de 2019.

Dousset, B. & Gourmelon, F. 2003. Satellite multi-sensor data analysis

of urban surface temperatures and land cover. Journal

of Photogrammetry and Remote Sensing, 58: 43-54.

El-Hattab M.; Amany S.M. & Lamia G.E. 2018. Monitoring and

assessment of urban heat islands over the Southern region

of Cairo Governorate, Egypt. The Egyptian Jornal

of Remote Sensing and Space Science, 21: 311-323.

Fasona, M.; Omojola, A.; Odunuga, S.; Tejuoso, O. & Amogu,

N. An appraisal of sustainable water management solutions

for large cities in developing countries through

GIS: The case of Lagos, Nigeria. In: SYMPOSIUM

S2 HELD, 7, Foz do Iguacu, 2005. Articulo, Foz do

Iguacu, p.49–57.

Flores, J.; Pereira, A.; & Karam, H. 2016. Estimation of long

term low resolution surface urban heat intensities for

tropical cities using modis remoste sensing data. Urban

Climate, 17: 32-66.

Hardy, C.H.; Nel A.L. 2015. Data and techniques for studying

the urban heat island effect in Johannesburg. In: SYMPOSIUM

ON REMOTE SENSING OF ENVIRONMENT,

, Berlin, 2015. Article, The international

archives of the Photogrammetry, remote sensing and

spatial information, p. 203-206.

Lai, L.W. & Cheng, W.L. 2009. Air Quality Influences by Urban

Heat Island Coupled with Synoptic Weather Patterns.

Science of the Total Environment, 407: 2724-2733.

Nkeki, F.N. & Ojeh, V.N. 2014. Flood risks analysis in a littoral

African city: Using geographic information system.

Geographic Information Systems (GIS): Techniques,

Applications and Technologies, 34: 279–316.

Oke,T.R. 1976. The distinction between canopy and boundary

layer urban heat islands. Atmosphere, 14: 268–277.

Oke, T.R. 2006. Initial Guidance to Obtain Representative Meteorological

Observations at Urban Sites. In: IOM REPORT

NO.81, WMO/TD. No. 1250. World Meteorological

Organization, Geneva, p. 1-47.

Robaa, S.M. 2003. Urban-Suburban/Rural Differences over

Greater Cairo, Egypt. International Journal of Atmosfera,

(3): 157-171.

Santamouris, M.; Papanikolaou, N.; Livada, I.; Koronakis, I.;

Georgakis, C.; Argiriou, A. & Assimakopoulos, D.N.

On the Impact of Urban Climate to the Energy

Consumption of Buildings. Solar Energy, 70: 201-

Disponible en: http://dx.doi.org/10.1016/S0038-

X(00)00095-5. Acceso en: 1 de febrero de 2019 y 30

de junio de 2019.

Schneider, A.; Friedl, M.; Mclver, D. & Woodcock, C. 2002.

Mapping urban areas by fusing multiple sources of

coarse resolution remotely sensed data. Photogramm.

Eng.Remote Sens. 69: 1377-1386.

Simwanda, M; Ranagalage, M.; Estoque, R. & Mu, Y. 2019.

Spatial Analysis of Surface urban heat islands four

rapidly growing African Cities. Remote Sensing,

:1645-1664.

Streutker, D. 2002. Satellite-measured growth of the urban heat

island of Houston, Texas. International Journal of Remote

Sensing, 23: 2595- 2608.

United Nations. 2010. World Population Prospects: The 2010

Revision. Disponible en:http://esa.un.org/unpd/wpp/

unpp/panel_indicators.htm. Acceso en: 1 de febrero de

y 30 de junio de 2019.

United Nations Population Division (UNPD). 2002. World Urbanization

Prospects: The 2001 Revision: Data Tables

and Highlights; United Nations: New York City, NY,

USA.

United Nations Organization. 2010. World Population Prospects:

The 2010 Revision. Disponible en: http://esa.

un.org/unpd/wpp/unpp/panel_indicators.htm. Acceso

en: 1 de febrero de 2019 y 30 de junio de 2019.

United Nations Organization. 2012. World Urbanization Prospects:

The 2011 Revision; United Nations: New York

City, NY, USA.

United Nations Organization. 2018. World Urbanization Prospects;

United Nations: 2018 Revision.

Vereda, J. & Davies, C. 2007. A Case Study of Urban Heat islands

in the Carolinas. Environmental Hazards, 7: 353-359.




DOI: https://doi.org/10.11137/2020_2_76_86

Refbacks

  • There are currently no refbacks.


Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Indexers and Bibliographic Databases

Social Media

SCImago Journal & Country Rank
0.6
 
 
22nd percentile
Powered by  Scopus
ISSN
ROAD
Diadorim
DOAJ
DRJI
GeoRef
Google Scholar
Latindex
Oasisbr
Twitter
Instagram
Facebook
 Except where otherwise noted, content on this site is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license.