Resistência ao Ataque Químico de Granitos Ornamentais do Stock Serra do Barriga – Sobral/CE

Authors

  • Irani Clezar Mattos Universidade Federal do Ceará, Departamento de Geologia, Campus do Pici, Av. Mister Hull 2977, Bloco 912, 60440-55, Fortaleza, CE, Brasil
  • José de Araújo Nogueira Neto Universidade Federal do Ceará, Departamento de Geologia, Campus do Pici, Av. Mister Hull 2977, Bloco 912, 60440-55, Fortaleza, CE, Brasil Universidade Federal de Goiás,. Faculdade de Ciências e Tecnologia, Campus de Aparecida de Goiânia, Rua Mucuri s/n, Setor Conde dos Arcos, 74968755, Aparecida de Goiânia, GO, Brasil
  • Antonio Carlos Artur Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Departamento de Petrologia e Metalogenia, Rua 24 A 1515, Bela Vista, 13506-900, Rio Claro, SP, Brasil
  • Juvenal Carolino da Silva Filho Universidade Federal de Goiás,. Faculdade de Ciências e Tecnologia, Campus de Aparecida de Goiânia, Rua Mucuri s/n, Setor Conde dos Arcos, 74968755, Aparecida de Goiânia, GO, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2020_3_124_136

Keywords:

rocha ornamental, ataque químico, alteração mineral

Abstract

Apresentam-se aqui resultados de resistência ao ataque químico fornecidas por quatro tipos graníticos do stock Serra do Barriga, por meio da perda de brilho, alterações cromáticas, alterações minerais, além da influência dos aspectos petrográficos. Foram utilizados reagentes simulando os efeitos causados pelas substâncias comumente encontradas em diversos produtos de limpeza ou de compostos orgânicos naturais sobre os granitos. Embora apresentem diferenças na granulação e nas proporções mineralógicas, os granitos respondem de forma muito semelhante aos reagentes, com sutis alterações na cor e no aspecto dos minerais. Entretanto, os granitos brancos são mais resistentes à ação desses produtos devido à maior quantidade de quartzo e os granitos rosas apresentam maior perda de brilho e corrosão aos produtos citados devido à maior proporção de feldspatos e minerais máficos, tornando os efeitos de alteração mais aparentes. O ácido clorídrico (HCl) e ácido cítrico (C6H8O7) mostram maior poder de alteração sobre os granitos (maiores corrosões e perdas de brilho), enquanto que o hidróxido de potássio (KOH) provoca perda de massa (dissolução) e incremento da porosidade. Os sais, cloreto de amônio (NH4Cl) e o hipoclorito de sódio (NaOCl) causam alterações minerais sutis, sem variação cromática perceptível. Ainda que os granitos se mostrem relativamente resistentes aos produtos citados, recomenda-se evitar exposição prolongada às substâncias que contenham ácidos HCl e C6H8O7 e a base KOH que são comprovadamente agressivos.

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Published

2020-09-30

Issue

Section

Article