Caracterização Gemológica das Ametistas com Alta Birrefringência de Santa Quitéria

Authors

  • Isaac Gomes de Oliveira Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Geologia, Avenida Mister Hull, s/n, CEP 60455-760, Fortaleza, CE, Brasil
  • Eryckson de Lima Maciel Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Geologia, Avenida Mister Hull, s/n, CEP 60455-760, Fortaleza, CE, Brasil
  • Thainara Freires Rodrigues Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Geologia, Avenida Mister Hull, s/n, CEP 60455-760, Fortaleza, CE, Brasil
  • Irani Clezar Mattos Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Geologia, Avenida Mister Hull, s/n, CEP 60455-760, Fortaleza, CE, Brasil
  • Tereza Falcão de Oliveira Neri Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Geologia, Avenida Mister Hull, s/n, CEP 60455-760, Fortaleza, CE, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2020_3_137_144

Keywords:

Qualidade Gemológica, Propriedades Ópticas, Arco Magmático de Santa Quitéria

Abstract

A ametista é um mineral pertencente ao grupo do quartzo, ocorre nas cores violeta, lilás e roxa, e pode ser utilizado como gema. Sua ocorrência está relacionada principalmente a geodos, pegmatitos e jazidas aluvionares. O presente trabalho visa à caracterização gemológica dos exemplares de ametistas do Município de Santa Quitéria - CE que possuem elevado potencial para serem utilizados como gemas, devido a sua cor violeta intensa. A caracterização gemológica dos cristais de ametista foi baseada no uso de refratômetro, balança hidrostática, dicroscópio, polariscópio, espectroscópio, lâmpada ultravioleta (UV) e microscópio gemológico. Os exemplares da região possuem majoritariamente as características gemológicas usuais das ametistas de outras regiões e países, porém com uma variação na birrefringência e ausência da geminação “Lei do Brasil”. Os cristais possuem excelente grau de cor e inclusões fluidas e sólidas orientadas. Assim, a caracterização gemológica destes exemplares associada a compilação dos dados minerais disponíveis nesta região permitiu comprovar que os exemplares possuem excelentes características para serem utilizados como gemas.

References

Anderson, B.W. 1984. Identificação das Gemas. Rio de Janeiro, Livro Técnico S/A, 460p.

Arem, J.E. 2019. Amethyst Value, Prince and Jewlry Information. In: IGS (International Gem Society). Disponível em: <https://www.gemsociety.org/article/amethyst-jewelry-and-gemstone-information/>. Acesso em 2 fev. 2019 e 06 ago. 2019.

Arthaud, M.H.; Fuck, R.A.; Dantas, E.L.; Santos, T.J.S.; Caby, R. & Armstrong, R. 2015. The Neoproterozoic Ceará Group, Ceará Central domain, NE Brazil: Depositional age and provenance of detrital material. New insights from U-Pb and Sm-Nd geochronology. Journal of South American Earth Sciences, 58: 223-237.

BRASIL. 2002. Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Brasília. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/sileg/integras/247357.pdf>. Acesso em: 06 jan. 2018.

Cassedane, J.P. 1991. Tipologia das Jazidas Brasileiras de Gemas. In: SCHOBBENHAUS, C., QUEIROZ, E.T., COELHO, C.E.S. (coords.). Principais Depósitos Minerais do Brasil – v. IV – Parte A – Gemas e Rochas Ornamentais. Brasília. DNPM - CPRM, p. 17-33.

Castro, E.C.; Ferreira, L.A.D & Akinaga, R.M. 1974. Ametista no Brasil. Localização, tipos de jazimentos, lavra, reserva, padrões de comercialização, exportação, sugestão para uma política de preços mínimos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 28, Porto Alegre, 1974. Anais, Porto Alegre, SBG, p. 239-247.

Castro, N.A. 2014. Mapa Geológico da Folha Taperuaba SB.24-V-B-II. Escala 1:100.000. Programa Geologia do Brasil. CPRM – Serviço Geológico do Brasil.

Código de cor: Infográfico dos códigos das cores em HTML. 2013. Disponível em: <https://www.devmedia.com.br/codigo-cor-infografico-dos-codigos-das-cores-em-html/37238>. Acesso em: 6 ago. 2019.

Crowningshield, R; Hurlbut, C. & Fryer, C.W. 1986. A Simple Procedure To Separate Natural From Synthetic Amethyst On The Basis Of Twinning. Gems and Gemology. Identification of Amethysts, 22(3): 130-139.

Deer, W.A. 2010. Minerais Constituentes das Rochas: uma Introdução. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 727p.

DNPM/IBGM. 2009. Departamento Nacional de Produção Mineral/Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos. Boletim Referencial de Preços de Diamantes e Gemas de Cor. Brasília, 201p.

Fetter, A.H.; Santos, T.J.S.; Van Schmus, W.R.; Hackspacher. P.C.; Brito Neves, B.B.; Arthaud, M.H.; Nogueira Neto, J.A. & Wernick, E. 2003. Evidence for Neoproterozoic continental arc magmatism in the Santa Quitéria Batholith of Ceará State, NW Borborema Province, NE Brazil: implications for the assembly of west Gondwana. Gondwana Research, 6(2): 265-273.

Ganade de Araujo, C.E.; Cordani, U.G.; Weinberg, R.F.; Basei, M.A.S.; Armstrong, R. & Sato, K. 2014. Tracing Neoproterozoic subduction in the Borborema Province (NE-Brazil): Clues from U-Pb geochronology and Sr-Nd-Hf-O isotopes on granitoids and migmatites. Lithos, 202: 167-189.

Hughes, R.W. 2017. Ruby & sapphire: A Gemologist’s guide. Bangkok, RWH Publishing/Lotus Publishing. 816p.

Hurlbut-Jr., C.S. & Switzer, G.S. 1979. Gemology. New York, John Wiley & Sons, 243p.

IBGM. 2009. Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos. Gama, J.L.N. Manual Técnico de Gemas. Brasília, 220p.

IPECE. 2019. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Limites municipais e distritais - Região de planejamento Sertão dos Crateús - 2019. Fortaleza. 1 mapa.

Oliveira, I.G.; Carneiro, L.S.; Saraiva, C.E.R. & Neri, T.F.O. 2019. Identificação Gemológica dos Coríndons e Diferenciação de suas Imitações. Anuário do Instituto de Geociências – UFRJ, 42(2): 456-465.

Pehrson, E.A.K. 2017. Identification Methods of Sri Lankan Corundum in Comparison to Other Common Gemstones. Department of Earth Sciences, Uppsala University, Monografia, 42p.

Schumann, W. 2006. Gemas do Mundo. São Paulo, DISAL Editora, 279p.

Published

2020-09-30

Issue

Section

Article