Relação entre as Estruturas Rúpteis e a Produtividade de Poços Tubulares na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, RS
DOI:
https://doi.org/10.11137/2020_3_203_214Keywords:
Hidráulica, Lineamentos, TectônicaAbstract
A Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos tem nos últimos anos apresentado um grande aumento da necessidade do uso de águas subterrâneas, acelerado principalmente pela degradação dos seus mananciais superficiais. Todavia, seus aquíferos têm sido descritos como péssimos produtores, com baixíssima capacidade específica. Esse estudo busca compreender a atuação das estruturas rúpteis no condicionamento da hidráulica dos poços tubulares. A metodologia envolve um banco de dados de 624 poços, onde foram definidas classes de produtividade, e o mapeamento em imagens de satélite de lineamentos morfotectônicos com subsequente filtragem pelos seus comprimentos e direções. As estruturas foram interpretadas a partir de 815 lineamentos, com uma tendência dos seus comprimentos aumentarem na região leste da área de estudo. Entretanto, diferentes tamanhos, direções e densidades podem ser encontrados em qualquer região. Quando relacionados à hidráulica, foi identificada a contribuição dos lineamentos na produtividade dos poços tanto no tamanho quanto no sentido preferencial. As altas vazões estão relacionadas a uma maior tendência de estarem em zonas com grandes estruturas, enquanto capacidades específicas mais baixas estão associadas a estruturas de porte pequeno. Por fim, poços alocados em zonas com maior densidade de lineamentos de direção N-NE e NE-E tendem a ser mais produtivos quando comparados a poços com maior contribuição da direção N-NW.References
Caetano-Chang, M.R. & Tai, W.F. 2003. Diagênese de Arenitos da Formação Piramboia no Centro-Leste Paulista. Revista Geociências - UNESP, 22(esp.): 33-40.
COMITESINOS. 2019. Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. Caracterização da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. Disponível em: < http://www.comitesinos.com.br/bacia-hidrografica-do-rio-dos-sinos>. Acesso em: 05. dez. 2019.
Côrtes, A.R.P. & Perinotto, J.A.J. 2015. Facies and facies association of Piramboia Formation in the region of Descalvado (SP). Revista do Instituto de Geociências – USP, 15(3-4): 23-40.
CPRM. 2005. Serviço Geológico do Brasil. Projeto Mapa Hidrogeológico do Rio Grande do Sul. Disponível em < http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/handle/doc/5249?show=full>. Acesso em: 05. mar. 2019.
CPRM. 2006. Serviço Geológico do Brasil. Mapa Geológico do Estado do Rio Grande do Sul - Projeto Geologia do Brasil ao Milionésimo – Programa Geologia do Brasil, escala: 1:750.000. Disponível em: < http://www.cprm.gov.br/publique/media/geologia_basica/cartografia_regional/mapa_rio_grande_sul.pdf >. Acesso em: 05. mar. 2019.
Cunha, G.G. 2016. Relação espacial da tectônica rúptil com a hidrogeoquímica e o potencial hidrogeológico do Sistema Aquífero Serra Geral na região do Alto Rio Uruguai, noroeste do Rio Grande do Sul. Programa de pós-graduação em Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dissertação de Mestrado, 105p.
Freitas, M.A.; Binotto, R.B.; Nanni, A.S.; Rodrigues, A.L.M. & Bortoli, C.R. 2012. Avaliação do Potencial Hidrogeológico, Vulnerabilidade Intrínseca e Hidroquímica do Sistema Aquifero Serra Geral no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Recursos Hídricos, 17(2): 31-41.
Holz, M. 2003. Sequence stratigraphy of a lagoonal estuarine system - an example from the lower Permian Rio Bonito Formation, Paraná Basin, Brazil. Sedimentary Geology, 162(3-4): 305-331.
Holz, M.; França, A.B.; Souza, P.A.; Iannuzzi, R. & Rohn, R. 2010. A stratigraphic chart of the Late Carboniferous/Permian succession of the eastern border of the Paraná Basin, Brazil,
South America. Journal of South American Earth Sciences, 29(2): 381-399.
IBGE. 2012. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv59908.pdf>. Acesso em: 05. dez. 2019.
Jenness, J. 2014. Polar plots for ArcGIS. Jenness Enterprises. Disponível em: <http://www.jennessent.com/arcgis/polar_plots.htm>. Acesso em: 05. mar. 2019.
Lee, S.; Kyo-Young, S. & Youngsung, Kim. 2012. Regional groundwater productivity potential mapping using a geographic information system (GIS) based artificial neural network model. Hydrogeology Journal, 20(1): 1511-1527.
Maahs, R.; Kuchle, J.; Schrer, C.M.S. & Alvarenga, R.S. 2019. Sequence stratigraphy of fluvial to shallow-marine deposits: The case of the early Permian Rio Bonito Formation, Paraná Basin, southernmost Brazil. Brazilian Journal of Geology, 49(4): 1-21.
Machado, J.L.F. 2005. Compartimentação espacial e arcabouço hidroestratigráfico do Sistema Aquífero Guarani no Rio Grande do Sul. Programa de Pós-graduação em Geologia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Tese de doutorado, 237 p.
Milani, E.J.; França, A.B. & Medeiros, R.A. 2006. Rochas geradoras e rochas reservatório da Bacia do Paraná, faixa oriental de afloramentos, Estado do Paraná. Boletim de Geociências da Petrobras, 15(1): 135-162.
Milani, E.J.; Melo, J.H.G.; Souza, P.A.; Fernandes, L.A. & França, A.B. 2007. Bacia do Paraná. Boletim de Geoci¬ências da Petrobrás, 15(2): 265-287.
O’Leary, D.W.; Friedman, J.D. & Pohn, H.A. 1976. Lineament, linear, lineation; some proposed new standards for old terms. Geological Society of America Bulletin, 87(1): 1463–1469.
Plano Sinos. 2011. Plano de Gerenciamento da Bacia Hidro¬gráfica do Rio dos Sinos. Meta 3, Atividade 3.3- Síntese da Situação Atual dos Recursos Hídricos. Disponível em: . Acesso: 01. mar. 2019.
Roisenberg, A. & Viero, A.P. 2000. O vulcanismo Mesozóico da Bacia do Paraná no Rio Grande do Sul. In: HOLZ, M.; DE ROS, L.F. (ed.). Geologia do Rio Grande do Sul. Editora CIGO/UFRGS, p. 355–374.
Sallun, A.E.M.; Suguio, K. & Sallun-Filho, W. 2007. Geoprocessamento para cartografia do alogrupo Alto Rio Paraná (SP, PR e MS). Revista Brasileira de Cartografia, 59(3): 289-299.
Sawatzky, D.L.; Raines, G.L.; Bonham-Carter, G.F. & Looney, C.G. 2009. Spatial Data Modeller (SDM): ArcMAP 9.2 geoprocessing tools for spatial data modelling using weights of evidence, logistic regression, fuzzy logic and neural networks. Disponível em: <http://www.ige.unicamp.br/sdm/ArcSDM10/>. Acesso em: 15. mar. 2019.
Scherer, C.M.S.; Tomazelli, L.J. & Goldberg, K. 2007. Construção, acumulação e preservação do Paleoerg Botucatu. In: IANUZZI, R., FRANTZ, J. C. (ed.). 50 Anos de Geologia: Instituto de Geociências. Editora Comunicação e Identidade, p. 283-298.
Schneider, R.L.; Mühlmann, H.; Tommasi, I.E.; Medeiros, R.S.; Daemon, R.F. & Nogueira, A.A. 1974. Revisão Estratigráfica da Bacia do Paraná. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 28, Porto Alegre, 1974. Anais... Porto Alegre, SBG, v.1, p. 41-66.
SIAGAS. 2019. Sistema de Informações de Águas Subterrâne¬as. Serviço Geológico do Brasil – Banco de dados de poços cadastrados. Disponível em: <http://siagasweb.cprm. gov.br/layout/>. Acesso em: 01. mar. 2019.
Soares, A.P.; Soares, P.C.; Bettú, D.F. & Holz, M. 2007. Compartimentação estrutural da Bacia do Paraná: A questão dos lineamentos e sua influência na distribuição do Sistema Aquífero Guarani. Revista Geociências - UNESP, 26(4): 297-311.
Tomasi, L.C. & Roisenberg, A. 2019. Contexto Hidrogeológico e sua relação com a Tectônica do Sistema Aquífero Serra Geral na Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí, RS. Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ, 42(2): 40-49.
USGS.2019. United States Geological Survey. Shuttle Radar Topography Mission. Disponível em: <https://earthexplorer.usgs.gov/>. Acesso em: 05. mar. 2019.
Warren, L.V.; Almeida, R.P.; Hachiro, J.; Machado, R.; Rol¬dan, L.F.; Steiner, S.S. & Chamani, M.A.C. 2008. Evolu¬ção sedimentar da Formação Rio do Rasto (Permo¬-Triássico da Bacia do Paraná) na porção centro sul do estado de Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Geociências, 38(2): 213-277.
Zalán, P.V.; Wolff, S.; Conceição, J.C.J.; Astolfi, M.A.M.; Vieira, I.S.; Appi, V.T. & Zanotto, O.A. 1987. Tectônica e sedimentação da Bacia do Paraná. In: SIMPÓSIO SUL-BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 3, Curitiba, 1987. Atas do III Simpósio Sul-brasileiro de Geologia, Curitiba, SBG, v. 1, p. 441-477.
Downloads
Published
Issue
Section
License
This journal is licensed under a Creative Commons — Attribution 4.0 International — CC BY 4.0, which permits use, distribution and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.