O Uso de Geoindicadores para Avaliação da Vulnerabilidade à Erosão Costeira na Praia do Forte Orange (Ilha de Itamaracá-PE, Brasil)

Authors

  • Athos Farias Menezes Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação Geociências - PPGEOC/UFPE, Rua Acadêmico Hélio Ramos s/n, Cidade Universitária, 50740-530, Recife, Brasil
  • Pedro de Souza Pereira Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Oceanografia - PPGOCEANO/UFSC, Rua Eng. Agrônomo Andrey Cristian Ferreira, Saco dos Limões, 88040-900, Florianópolis, Brasil
  • Rodrigo Mikosz Gonçalves Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Informação - PPGCGTG/UFPE, Rua Acadêmico Hélio Ramos s/n, Cidade Universitária, 50740-530, Recife, Brasil
  • Heithor Alexandre de Araújo Queiroz 3Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Informação - PPGCGTG/UFPE, Rua Acadêmico Hélio Ramos s/n, Cidade Universitária, 50740-530, Recife, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2020_3_250_259

Keywords:

Sensoriamento Remoto, Cartografia Costeira, Geoindicadores Ambientais de Erosão

Abstract

O uso do sensoriamento remoto para identificação de feições costeiras ao longo do litoral brasileiro é algo que se intensificou com as novas propostas e perspectivas metodológicas no ramo das geociências. Neste trabalho foram utilizadas imagens de satélite de alta resolução espacial (WorldView 2) em conjunto com o método máxima verossimilhança para classificação supervisionada  dos seguintes geoindicadores: vegetação densa (25,1%); vegetação rasteira (41,4%);  residências (16,1%); solo exposto (7,7%); estradas (3,6%); face de praia (2,4%); e terraço de praia (3,7%) com o objetivo de avaliar a vulnerabilidade à erosão costeira na Praia do Forte Orange (município da Ilha de Itamaracá, Pernambuco, Brasil). Como resultados foi evidenciada a presença de ocupações urbanas onde naturalmente deveria se encontrar a face de praia, provocando assim um processo erosivo. Este trabalho destaca a importância da identificação de áreas com potenciais erosivos para tomada de decisões públicas acerca dos ambientes litorâneos.

References

Albuquerque, J.L. 2015. Caracterização morfodinâmica e vulnerabilidade à erosão do Litoral Leste da Ilha de Itamaracá – PE. Programa de Pós-Graduação em Geociências. Universidade Federal de Pernambuco, Dissertação de Mestrado, 107p.

Almeida, T.L.M & Manso, V.A.V. 2011. Sedimentologia da Plataforma Interna Adjacente a Ilha de Itamaracá-PE. Estudos Geológicos, 21: 135-152.

Arrow, K.; Bolin, B.; Costanza, R.; Dasgupta, P.; Folke, C.; Holling, C.S.; Jansson, B-O.; Levin, S.; Mdler, K-G.; Perrings, C.E. & Pimentel, D. 1995. Economic Growth, Carrying Capacity, and the Environment. Science, 268: 520-521.

Assis, L.F. 2003. Turismo De Segunda Residência: A Expressão Espacial do Fenômeno e as Possibilidades de Análise Geográfica. Revista Território, 11: 108-122.

Azevedo, J.W.J.; Castro, A.L.A. & Santos. M.C.F. 2006. Siltation Rate and Main Anthropic Impacts on Sedimentation of The São Luís Tidal Inlet - State of Maranhão, Brazil. Brazilian Journal Of Oceanography, 64: 9-18.

Barreto, E.P.; Araújo, T.C.M. & Manso, V.A.V. 2014. Análise crítica dos Estudos de Vulnerabilidade Geomorfológica a agentes diversos no litoral de PE - Brasil. Revista Brasileira de Geografia Física, 7(6): 1028-1043.

Barros, H.M.; Eskinazi-Leça, E.; Macedo S.J. & Lima T. 2000. O Fitoplâncton: Estrutura e Produtividade. In: BARROS, H.M. (Ed.). Gerenciamento Participativo de Estuários e Manguezais. Editora Universitária da UFPE, p. 7-38.

Boruff, B.J.; Emrich, C. & Cutter, S.L. 2005. Erosion hazard vulnerability of US coastal counties. Journal of Coastal Research, 21(5): 932-942.

Bush, D.M.; Neal, W.J.; Young, R.S. & Pilkey, O.H. 1999. Utilization of geoindicators for rapid assessment of coastal-hazard risk and mitigation. Ocean & Coastal Management, 42(8): 647-670.

Calligaro, S.; Sofia, G.; Prosdocimi, M.; Dalla-Fontana, G. & Tarolli, P. 2013. Terrestrial Lases Scanner Data To Support Coastal Erosion Analysis: The Conero Case Study. In: The International Archives of The Photogrammetry, Remote Sensing and Spatial Information Sciences Padua, 2013. Resumos Expandidos, Itália, Universidade de Padua, p. 125-129.

Calliari, L.J.; Muehe, D.; Hoefel, F.G. & Toldo, Jr. 2003. Morfodinâmica praial: uma breve revisão. Revista Brasileira de Oceanografia, 51: 63-78.

Chaves, M.S.; Vital, H. & Silveira, I.M. 2006. Beach Morphodynamic of the Serra Oil Field, Northeastern Brazil. Journal of Coastal Research, 39: 594-597.

Dean, R.G. 2002. Beach Nourishment: theory and practice. Singapura, World Scientific Publishing. 399 p.

Ebert, J.A. & Lyons, T.R. 1983. Archaeology, Anthropology, and cultural resources management. In: COLWEELL, R.N. (Rd.). Manual of remote sensing. American Society of Photogrammetry and Remote Sensing, p. 1233-1304.

Harvey, N.; Clouston, B. & Carvalho, P. 1999. Improving Coastal Vulnerability Assessment Methodologies for Integrated Coastal Zone Management: an Approach from South Australia. Australian Geographical Studies, 37: 50-69.

Lacerda, S.R. 1994. Variação diurna e sazonal do fitoplâncton no estuário do rio Paripe (Itamaracá, Pernambuco, Brasil). Programa de Pós-graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Dissertação de Mestrado, 146p.

López, R.A. & Marcomini, S.C. 2013. Consequences of anthropic activity in Mar del Tuyú partido de La Costa, Buenos Aires, Argentine. Ocean & Coastal Management, 77: 73-79.

Komar, P.D. 1998, Beaches Processes and Sedimentation. 2 ed., New Jersey, 544 p.

Manso, V.A.; Coutinho, P.N.; Guerra, N.G. & Soares-Junior, C.F.A. 2012. Pernambuco. In: MUEHE, D. (Ed.). Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro. Ministério do Meio Ambiente, p. 179-196.

Martins, K.A.; Pereira, P.S.; Lino. A.P. & Gonçalves, R.M. 2016. Determinação da Erosão Costeira no Estado de Pernambuco Através de Geoindicadores. Revista Brasileira de Geomorfologia, 17(3): 534-546.

Mazzer, A.M.; Dillenburg, S.R. & Souza, C.R.G. 2008. Proposta De Método Para Análise De Vulnerabilidade À Erosão Costeira No Sudeste Da Ilha De Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Geociências, 38(2): 278-294.

Medeiros, C.; Kjerfve, B.; Araújo, M. & Neumann-Leitão, S. 2001. The Itamaracá Estuarine Ecosystem, Brazil. In: U. SEELINGER, B. & KJERFVE (Eds.). Ecological Studies. Coastal Marine Ecosystems of Latin America. p.71-81.

Montes, M.J.F. 1996. Variação nictemeral do fitoplâncton e parâmetros hidrológicos no Canal de Santa Cruz, Ilha de Itamaracá, PE. Universidade Federal de Pernambuco. Dissertação de Mestrado, 174p.

Moreira, G.F.; Fernandes. R.B.A.; Fernandes-Filho, E.I.; Vieira, C.A.O. & Santos, K.A.S. 2013. Classificação Automatizada do Uso e Cobertura do Solo Usando Imagens Landsat. Revista Brasileira de Geografia Física, 6: 58-65.

Nascimento, L.; Santos, A. & Dominguez, J. 2013. Potencial de Prejuízos Econômicos em Função da Densidade de Urbanização e da Sensibilidade. Revista Brasileira de Geomorfologia, 14(4): 261-270.

Rajawat, A.S.; Chauhan, H.B.; Ratheesh, R.; Rode, S.; Bhanderi1, R.J.; Mahapatra, M.; Mohit Kumar Yadav, R.; Abraham, S.P.; Singh, S.S.; Keshr, K.N. & Ajai. 2015. Assessment of coastal erosion along the Indian coast on 1:25,000 scale using satellite data of 1989–1991 and 2004–2006 time frames In: The International Archives of The Photogrametry, Remote Sensing And Spation Information Sciences. Resumos Expandidos, Hyderabad, India, p. 119-125.

Richards, J.A. & Jia, X. 2006. Remote Sensing Digital Image Analysis. Spring, 4.Ed, 431 p.

Silva, L.M.; Gonçalves, R.M.; Lira, M.M. & Pereira, P.S. 2013. Modelagem Fuzzy aplicada na detecção da vulnerabilidade à erosão costeira. Boletim De Ciências Geodésicas, 19(4): 746 -764.

Rocha, Y.T. 2010. Distribuição Geográfica e Época de Florescimento do Pau-Brasil (Caesalpinia echinata LAM. - LEGUMINOSAE). Revista do Departamento de Geografia, 20: 23-36.

Silva, I.G. & Koening, M.L. 1993. Variação sazonal da densidade fitoplanctônica no estuário do rio Paripe, Itamaracá, Pernambuco, Brasil. Arquivos de Biologia Tecnológica, 4: 645-658.

Sousa, P.H.G.O.; Siegle, E. & Tessler, M.G. 2011. Environmental and Anthropogenic Indicators for Coastal Risk Assessment at Massaguaçú Beach (SP) Brazil. Journal of Coastal Research, 64: 319-323.

Souza, C.R G. 2009. Erosão Costeira e os Desafios da Gestão Costeira no Brasil. Revista da Gestão Costeira Integrada, 9(1): 17-37.

Published

2020-09-30

Issue

Section

Article