Michelet, teórico do romance

Autores

  • Maria Juliana Gambogi Teixeira Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte

DOI:

https://doi.org/10.1590/1517-106X/2017193618635

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar as bases para o entendimento teórico- crítico do romance dentro da obra de Jules Michelet (1798-1874). A hipótese de fundo é a existência de uma teoria do romance em Michelet, teoria essa que ajudaria a explicar a relação ambivalente que o historiador sempre manteve com o gênero, feita de atração e recusa categórica. Para tanto, o artigo explora, em primeiro lugar, o arcabouço teórico próprio à obra desse historiador, com especial atenção para o seu entendimento do poético, inspirado na obra do filósofo Giambattista Vico. Tendo essa revisão como base, empreende-se uma primeira tentativa de sistematização de sua apreensão crítica do romance, tal qual ela aparece, em particular, no título La Bible de l'Humanité (1864).

Biografia do Autor

Maria Juliana Gambogi Teixeira, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte

Professora de Literatura francesa da Faculdade de Letras e do Programa de Pós-graduação em Estudos literários da UFMG. Possui graduação em História (UFMG), mestrado em Teoria da Literatura (UFMG) e doutorado em Literatura Comparada (UFMG). Tem experiência nas áreas de Letras e História, com destaque para os seguintes tópicos: Literatura francesas, História e Historiografia francesas; Jules Michelet; Tradução Francês/ Português. É autora de A Profetisa e o historiador: sobre A Feiticeira de Jules Michelet (Ed. UFMG, 2017) e colaboradora da edição anotada de textos micheletianos, Philosophie de l'histoire (Flammarion/Champs classiques, 2016).

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Publicado

2018-09-11

Edição

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Artigos