UM LUGAR MAIS ORIGINÁRIO QUE O ESPAÇO: JOSELY VIANNA BAPTISTA E LUCRECIA MARTEL
DOI:
https://doi.org/10.1590/1517-106X/20212314767Resumo
Nas histórias literárias do Ocidente, a ideia de natureza foi vinculada ao problema do pertencimento. As questões relativas ao espaço originário se desdobram em outras demandas para a crítica literária. Em gestos que tentam encenar questões do pertencimento-não pertencimento ao espaço, os trabalhos de Josely Vianna Baptista e Lucrecia Martel estabelecem “lugares” para “situar” as relações entre voz e linguagem/ natureza e escrita. Seus efeitos são esvaziados de finalidade e, com isso, deixam ver uma segunda natureza dependente de um novo tipo de copertencimento dado por novas relações ontológicas derivadas de outros usos do ato de nomear. O objetivo deste estudo é analisar os modos pelos quais essa disposição se materializa no poema-vídeo Nada está fora do lugar de Josely V. Baptista e no longa-metragem Zama de Lucrecia Martel.
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