EXTRAÇÕES E FRAGMENTOS NO DISCURSO LATINOAMERICANO: ARQUIVO, LEITURA, PEDAGOGIA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1517-106X/2021231208225Resumo
Quando Silviano Santiago publica seu ensaio sobre a discursividade latino-americana na década de 1970, a conjuntura teórica e política está marcada por uma crítica do estruturalismo e pela formação de um bloco histórico que, na década seguinte, participaria do processo constituinte: início de um ciclo. A intenção deste artigo é repensar tal discursividade tendo em vista que a conjuntura de 2020 atualiza alguns daqueles debates vinculados à dependência geoeconômica. Passando pelo arquivo recente da Casa de Rui Barbosa e por poemas de Marília Garcia, Ana Estaregui e Priscilla Menezes, proponho interrogar uma relação entre modos de ler o arquivo e a terra, ou entre as pedagogias de leitura e as práticas extrativas. Nas trilhas dos debates de Santiago, lidas com Josefina Ludmer, podemos posicionar a emergência de um conceito ampliado de extração que permite pensar algumas variações no discurso latino-americano.
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