Memórias (pós)coloniais em dois atos: diálogos e distopias entre pais e filhos em Caderno de memórias coloniais, de Isabela Figueiredo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1517-106X/202224114

Resumo

Este artigo estuda a representação dos anos finais da colonização portuguesa em Lourenço Marques (atualmente Maputo, capital de Moçambique) na obra literária Caderno de memórias coloniais (2009), da escritora Isabela Figueiredo. Trata-se de analisar a escrita colonial a partir da perspectiva de duas gerações distintas: o pai colonialista e a filha progressista. O romance acolhe os embaralhamentos promissores das escritas de si e dos paratextos, jogando luz nas interfaces entre a escrita individual e a memória coletiva portuguesa de um trauma nacional. Em sua tessitura romanesca, Figueiredo busca fugir dos perigos da história única (ADICHIE) e escreve, como ensina Walter Benjamin, uma história a contrapelo.

Downloads

Publicado

2022-04-28

Edição

Seção

Artigos