O mito desvirtuado e a liberdade da imaginação de Antônio José da Silva

Carlos Gontijo Rosa

Resumo


Este artigo tem como tema as personagens principais da última peça do dramaturgo português Antônio José da Silva (1705-1739), Precipício de Faetonte (1738), com a qual por vezes se compara também as personagens de sua penúltima peça, As variedades de Proteu (1737). Por serem personagens mitológicas, rastreamos a construção das personagens Faetonte e Egéria na literatura clássica e ibérica predecessora, a fim de
identificar as raízes míticas aproveitadas por Antônio José em sua dramaturgia. Para comparação com a construção de Faetonte, buscamos também referências sobre Proteu, da peça homônima. Por se tratar de mitos muito esparsos na tradição greco-latina, vasculhamos autores antigos que figuravam tais personagens. Percebemos que, na comparação com os textos antigos e outras obras do dramaturgo, ele consegue uma liberdade criativa ao lidar com mitos pouco difundidos no imaginário português setecentista, o que também lhe permite maior flexibilidade nas preceptivas que regem
o gênero tragicômico, ao qual adere sua escrita.


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