O ensino da descolonização ou a descolonização do ensino: a Teoria Literária em tempos de redemocratizacão brasileira (1986-2000)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1517-106X/2024e63246

Resumo

A Teoria Literária não é uma disciplina autônoma. A proposição principal deste artigo se insere no contexto do projeto “Teorias viajantes. Histórias da Teoria Literária no Brasil e suas correlações com América Latina (1986-2000)”. Trata-se de identificar e analisar os dispositivos de legitimação das alterações e tensões entre campos de força no contexto da disciplina de Teoria Literária na universidade brasileira no período de redemocratização política. O enfoque são as tensões observadas entre a Teoria Literária compreendida no novo ambiente democrático como práticas e modos de ler e teoria empenhada como rejeição ao etnocentrismo na cultura. Este artigo demonstra os resultados preliminares dos dois primeiros anos de trabalho com o projeto, no qual foram estudados o processo de institucionalização da disciplina durante os anos de 1996-2000 nos cursos de Letras da Universidade de São Paulo e na Universidade Federal de Santa Catarina.

Biografia do Autor

Susana Scramim, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianopólis, SC, Brasil.

Professora Titular aposentada de Teoria Literária na Universidade Federal de Santa Catarina e pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Foi membro do Comitê Assessor da Área de Letras e Linguística no CNPq (2018-2021). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, Literatura Brasileira e Literatura Comparada. Entre suas principais publicações estão os livros: Literatura do Presente (Ed. Argos, 2007); Carlito Azevedo, Ciranda de Poesia (EDUERJ, 2010); “Pervivências” do arcaico: a poesia de Drummond, Murilo Mendes e Cabral e sua sombra (Editora 7 Letras, 2019).

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Publicado

2024-06-28

Edição

Seção

Dossiê