O patético e os presságios em A tragédia da rua das Flores (1980), de Eça de Queirós
DOI:
https://doi.org/10.1590/1517-106X/2025e69383Resumo
Este trabalho analisa os elementos do patético e dos presságios em A tragédia da rua das Flores, de Eça de Queirós. A investigação concentra-se em episódios marcados por intuições, símbolos e interrupções significativas que, ao longo da narrativa, prenunciam o desfecho trágico. O estudo destaca como os personagens, em especial Victor e Genoveva, são envolvidos por uma atmosfera de inquietação e antecipação emocional que se manifesta por meio de sonhos, olhares, gestos e falas ambíguas. A simbologia da cor preta é amplamente explorada como marca visual do luto, da morte e da condenação iminente. Também se observam expressões do patético em atitudes extremas e na impotência diante do destino. Por fim, demonstra-se que os presságios não apenas antecipam o desfecho incestuoso, mas estruturam a narrativa como uma rede de sentidos implícitos, intensificando a tensão dramática e revelando uma visão fatalista do amor, da identidade e da condição humana.
Palavras-chave: Patético; presságios; tragédia; Eça de Queirós; incesto.
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