Eça de Queirós: farpeando Portugal desde 1871

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DOI:

https://doi.org/10.1590/1517-106X/2025e69397

Resumo

Proponho-me a revisitar os folhetins queirosianos d’As Farpas, originalmente escritos com Ramalho Ortigão. Defendo que, do ponto de vista do leitor contemporâneo, o mais relevante nesses textos, aquilo que lhes garante atualidade e eficácia, é a forma como constroem a sua hilariante comicidade. Aquilo que os torna inesquecíveis é o segredo dos seus processos de provocar o riso. Daqui resultam duas importantes dificuldades para a judiciosa tarefa de preparação de uma edição crítica, a que me venho entregando há bastante tempo. Por um lado, não podemos resistir à imperiosa determinação de reconhecer, definir e plenamente desfrutar da dimensão irresistivelmente cómica d’As farpas. Por outro, são indispensáveis as tarefas de formulação, adequação e aplicação dos critérios de fixação do texto crítico, anotação das variantes, dos lapsos, das intervenções editoriais, estilísticas etc. Será justamente a consideração dessas duas dimensões do meu trabalho que estruturará este texto.
Palavras-chave: Eça de Queirós; As farpas; humor; edição crítica.

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Publicado

2025-10-23

Edição

Seção

Dossiê